Mais uma das histórias que me contaram


No Barreiro o Movimento Associativo é fértil. As Colectividades foram, sem dúvida nenhuma, locais de desenvolvimento a nível cultural, recreativo, desportivo e não só.
Durante a Ditadura serviam ainda para as pessoas se juntarem, aprenderem a ler, até discutirem coisas subversivas.
Das tradições teatrais, passando pelas Marchas Populares aos Bailes fervilhavam de gente, de pessoas que nalguns casos descobriram veias artísticas, de outros que ficaram apenas como histórias.
Das histórias que ficaram é importante não esquecer a figura de Luís Barriguinha, barbeiro de profissão, exímio dançarino de tango, com uma particularidade física, era marreco, nas costas e no peito e coxeava devido a essa deformação.
Ficou registado ainda que quando resolvia sair à noite para uma cartada, dois dedos de conversa e um café, só em mangas de camisa, a esposa preocupada com o frio vinha à janela e gritava “Ò Luís não vás para a rua em corpinho bem feito!”.
Era gargalhada geral.
As suas discussões conjugais eram fantásticas e envolviam toda a rua, separou-se várias vezes, sendo que a primeira “á séria” conferenciou aos amigos da Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros”, que só não tratava do divórcio por falta de meios financeiros, De pronto se organizou uma colecta e a quantia necessária foi reunida.
De posse da quantia o Sr. Luís Barriguinha fez as pazes com a esposa, comprou uma mobília de quarto nova e foi a Sevilha….
Meses depois voltou a tormenta entrou nos Penicheiros e deu conta que só a falta de meios financeiros o impedia de se divorciar. Conseguem imaginar as respostas?

Comentários

Sei dessa história de ouvir desde a infancia... E acrescento o final como me contaram:
Um dos tipos que contribuiu com dinheiro para o divórcio, foi depois ter com o Barriguinha e disse-lhe:
-- Olhá lá pá, dá cá os cinquenta escudos da minha contribuição que eu a marrecos ainda dou dinheiro, a cabrões é que não!!!
salvoconduto disse…
Era marreco mas não era pato! O homem devia fartar-se de gozar lá em casa...

Abreijo.
mugabe disse…
ahahahah, não há dúvida que o dinheiro da colecta foi bem empregue,...agora tentar uma segunda vez é que já foi demais !!!!

Abraço!
Zorze disse…
Ana,

Um artista português, concerteza!

Beijos,
Zorze
samuel disse…
Dá para imaginar, sim... :-)))

Abreijos.
Diogo disse…
«De posse da quantia o Sr. Luís Barriguinha fez as pazes com a esposa, comprou uma mobília de quarto nova e foi a Sevilha….
Meses depois voltou a tormenta entrou nos Penicheiros e deu conta que só a falta de meios financeiros o impedia de se divorciar. Conseguem imaginar as respostas?»

O Barriguinha foi às Canárias com a mulher e a amante?

Beijo
PDuarte disse…
vai trabalhar marreco do c......
Anónimo disse…
Amiga
Fico deliciada com essas histórias e com outras que contas. Ainda me estou a rir. Mais um cromo do Barreiro.
Beijos e até já.
Anabela
Fernando Samuel disse…
Esse Luis Barriguinha não era nada parvo...

Um beijo.
Ana Camarra disse…
Sostrova-Também conhecia esse remate, não me lembrava já.

Salvo-E era um grande dançarino

Mugabe-Podia ser que se safasse

Zorze-Mais que isso, Barreirense.

Samuel-Não se pode transcrever.

Diogo-À conta daqueles não foi a mais lado nenhum.

PDuarte-Era barbeiro...

Anabela-Mais um

Fernando Samuel-Nada mesmo.

Beijos
Anónimo disse…
Era um Barriguinha com muita lábia...
casadegentedoida disse…
O Barriguinha é que soube fazê-lo. Tambem conheço alguns lá prós lados de Sacavém.
Bjs.
Ana Camarra disse…
Carlos

Era pois!

casadegentedoida

Deve de existir disto em todo lado...

beijos