Pára um pouco!
Olha!
Olha ali mesmo aquele raio de sol a cair obliquo na água, eu sei que não cai na água, mas olha, é dourado quase que o podemos pegar com a mão.
Não conseguimos tocar-lhe, mas existe.
Respira, assim profundamente, como num sono justo, respira e deixa estar, cada vez que respiramos entram coisas em nós, cheiros, pedaços ínfimos de plantas, ar que já sustentou um voo, de uma ave migratória, que somos nós na mesma, à procura do nosso mar, primeiro, primordial, do nosso ninho, de ficar e de partir, de estar e ir.
Olha!
Olha ali mesmo aquele raio de sol a cair obliquo na água, eu sei que não cai na água, mas olha, é dourado quase que o podemos pegar com a mão.
Não conseguimos tocar-lhe, mas existe.
Respira, assim profundamente, como num sono justo, respira e deixa estar, cada vez que respiramos entram coisas em nós, cheiros, pedaços ínfimos de plantas, ar que já sustentou um voo, de uma ave migratória, que somos nós na mesma, à procura do nosso mar, primeiro, primordial, do nosso ninho, de ficar e de partir, de estar e ir.
Escuta!
Há sons dentro de sons no meio do silêncio, o suspiro final do amor, as patas de qualquer bicho incansável, o grito dos pássaros, outra vez, vozes, o rumor do mar, um choro, uma gargalhada, o estalar das árvores, a água a gotejar…ping…ping
Sente!
Sente tudo à tua volta, o vazio, a multidão, o silêncio, o frio, o calor, o doce, a traição, o cansaço, o desalento, a esperança, o vento, a raiva, o desejo, o mar, a fome, tudo, tudo ao mesmo tempo.
Toca-me por favor, segura-me pela mão, dá-me um abraço forte como uma muralha, toca-me com o olhar, reconheces-me assim pelo olhar?
Comentários
Reparo que provavelmente o meu comentário ao anterior post não entrou. Se calhar ainda bem porque era triste.
Abreijos
o teu texto bate, bate...
shiouuuu
Abraço!
Um abracinho
Lagartinha de Alhos Vedros
Um beijo.
Bom poema.
Beijo
Hoje estamos numa de dar ordens ou de gritos direccionados?
Ao teu texto lindo acrescento pressente, adivinha, arrisca.
As experiências vividas não são sempre certeza de acontecimentos futuros.
Por isso a Vida e não só, não é, um caminho já parametrizado.
Supreende e apanha-nos de surpresa.
São as "rotinas" da Vida.
Beijos,
Zorze
mas um barco faz sempre falta
para desvendar infinitos
tangíveis
Muito bom! Realmente, é bom passar por aqui...
Abreijos
Bonito texto, Ana
Beijinhos
Vou fazer uma formação daquelas inuteis, respondo-lhes depois.
Provavelmente a formação irá comer-me a inspiração como um glutão ou em alternativa irei fazer desenhos no meu caderno e sonhar que estou longe daquilo, muito longe...
beijos
Xôxos
Ouss
Kaotica-Ainda bem.
Lúcia-De vez em quando bate-me!
Mugabe-Acho que sim, sou.
Lagartinha-Colhe o que quiseres, mi casa su casa.
Fernando Samuel-Senão estamos mortos ou não vivos.
Diogo-Estragas-me com mimos!
Zorze-Sou pouco de dar ordens, gritos, por vezes, são duas boas sugestões as tuas.
Mar Aravél-Infinitos tangíveis são fundamentais.
Samuel-E entram.
Ausenda-Sentir é fundamental.
Sensei-Uma montra?!
Beijos
eu parei aqui
olhei essas palavras que iluminam sentidos
até escutá-las todas
e sentir tanto cada sentido
que percebi que meu coração
é que foi tocado.
um abraço, ana!