Desde pequena que passo férias na Costa Alentejana, pequena é pequena mesmo.
Primeiro Sines, um quarto alugado na casa de pescadores, a Praia encostada á Vila. Assim que se iniciou a construção do Porto mudámos de paragens, mas lembro-me de Sines com uma praia enorme, da Lota, daquele cantar da venda do peixe, de ir a São Torpes que era absolutamente selvagem com um pinhal imenso onde se iniciavam as dunas, da Praia Norte com a sua areia grossa que me fazia cócegas nos pés.
Pelo meio também nos deslocávamos ao mítico Algarve, sempre procurando os sítios menos procurados, pancada familiar que persiste.
Primeiro Sines, um quarto alugado na casa de pescadores, a Praia encostada á Vila. Assim que se iniciou a construção do Porto mudámos de paragens, mas lembro-me de Sines com uma praia enorme, da Lota, daquele cantar da venda do peixe, de ir a São Torpes que era absolutamente selvagem com um pinhal imenso onde se iniciavam as dunas, da Praia Norte com a sua areia grossa que me fazia cócegas nos pés.
Pelo meio também nos deslocávamos ao mítico Algarve, sempre procurando os sítios menos procurados, pancada familiar que persiste.
Depois Milfontes, na altura sem cafés, para se encomendar um bolo de aniversário tinha de se o fazer com alguns dias de antecedência para vir do Cercal, a seguir ao Forte começavam as dunas, lembro-me da ponte sobre o Mira estar em construção, de moreias a secar espetadas em canas, de apanhar burriés e mexilhões, de conhecer os outros miúdos, que eram mesmo de Milfontes.
De repente ficou muito conhecido, mas os meus tios já passavam férias noutro local escondido: Porto Covo.
Um largo, 3 ruas, uma mercearia, um café, uma taberna, 2 restaurantes, e praias, muitas praias, como conchas, falésias agrestes, ervas, um mar bravio, transparente, gelado, cheio de sargos e polvos.
Foi para lá que começámos a ir, era lá que éramos absolutamente livres, éramos pouquíssimos a passar férias ali naquele refúgio, tão poucos que nos juntávamos anualmente, numa mesa, a comer um cozido de grãos com que se encerrava oficialmente as férias.
Ali nós, os miúdos éramos totalmente livres, tínhamos aventuras diárias: descer por uma corda para o Espingardeiro, ir a pé até á Samoqueira e no fim do banho de mar passar pela bica de água doce que corre pela falésia entre avencas, ajudar a puxar redes, ouvir as histórias do Ti Lavagante quase centenário de boina basca, aprender a apanhar polvos e navalheiras com o Zé Maria, roubar milho nas hortas, ir a pelas rochas a apanhar perceves até chegarmos à Praia da Ilha do Pessegueiro e regressar na galera de algum tractores primeiros namoros, excursões a Praias como o Queimado ou o Malhão, as fogueiras na praia…
Estupidamente começámos a fazer propaganda, o Rui Veloso também, coisa que não perdoei até hoje, num instante foi tudo alterado, existem muitas ruas, montes de vivendas, feias, bonitas, atentados arquitectónicos, pizzarias, lojas de recordações…
Começámos a experimentar outras paragens, que acho melhor, egoisticamente, não divulgar.
Mas algures ainda existe uma aldeia de pescadores e praias desertas mesmo a aguardar que eu lá chegue!
Comentários
Um beijo.
Abreijos.
Eu também não gosto de estar em sítios atolados, de multidão.
Gosto dos lugares que descreves.
Beijos,
Zorze
Então não é Sagres, uma vila para onde tenho ido há mais de vinte anos. Com as mais belas praias do mundo: Martinhal, Mareta, Tonel, Beliche, Ponta Ruiva e dezenas de outras na Costa Ocidental, qual dela a mais bonita.
Beijo
Kisses
abraços do vale
A Costa Vicentina tem tanto por descobrir...
BOM ANO
BOAS ESCRITAS
Abreijos
Salvoconduto-Infelizmente, mas ainda existem uns redutos pequeninos.
Zorze-Eu gosto de "estar á solta"!
Diogo-Não faças propaganda, está caladito, senão estragam-te as férias.
Ludo-Mas já foi mais dado a sonhos.
Conde-Digo o mesmo que disse ao Diogo, não faças propaganda.
Duarte-Digo-te baixinho.
F Nando-A Costa Vicentina é a minha paixão.
Samuel- Não digas não amigo.
Beijos
Fujo da praia que me banha os pés, mesmo aqui à minha frente e vou...
para longe da multidão!
Beijo, Ana
è diferente, mas ainda existem uns refugios no Algarve muito bons.
beijos
Pois Sagres também é optimo, mas temos que dizer baixinho antes que lá cheguem os magotes.
Beijos
Por enquanto, é mais um daqueles lugares cheios de tios e tias afectados, onde a soberba reina e a ganância é Rei.
Ouss