Hoje sei que as nuvens são só gotas de água suspensas.
Durante muito tempo achei que eram outras coisas: fumo das chaminés das fábricas, dos escapes e dos cigarros; uma substância concreta em que se podia tocar, com muita sorte até deitarmo-nos lá, agarrar em bolas como a neve e arremessar uns aos outros; ainda cheguei a pensar que se podia usar como trampolim e que poderiam ser fofas e elásticas…
Parvoíces de menina, que se entretinha a ver formas de animais e coisas nas nuvens, que tinha simpatia pelas nuvens branquinhas que salpicavam o céu muito azul, pelas outras desciam até nós com forma de nevoeiro, que apesar de frias e húmidas eram uns pedaços de céu cá em baixo, dando um ar de mistério, com o seu ar de bruma, simpatia ainda pelas nuvens que discutiam umas com outras riscando céu com raios de luz, acompanhados sempre pelo estrondo dos trovões, ainda hoje gosto de assistir a esse espectáculo.
A primeira vez que vi nuvens por cima, sentada num avião a primeira ideia que me ocorreu foi em estender a mão e recolher um pouco.
Hoje sei o que as nuvens são, gosto mais do céu azul, mas também gosto de certas nuvens.
Não gosto de outro tipo de nuvens, as nuvens que nos vão ensombrando o futuro, nuvens pesadas de ameaça e de cinzento, nuvens que teimam em tornar tudo mais negro, quase que á força, roubam o sol, não trazem tão pouco chuva, trazem só tristeza, injustiças.
Essas ando sempre a sopra-las…
Durante muito tempo achei que eram outras coisas: fumo das chaminés das fábricas, dos escapes e dos cigarros; uma substância concreta em que se podia tocar, com muita sorte até deitarmo-nos lá, agarrar em bolas como a neve e arremessar uns aos outros; ainda cheguei a pensar que se podia usar como trampolim e que poderiam ser fofas e elásticas…
Parvoíces de menina, que se entretinha a ver formas de animais e coisas nas nuvens, que tinha simpatia pelas nuvens branquinhas que salpicavam o céu muito azul, pelas outras desciam até nós com forma de nevoeiro, que apesar de frias e húmidas eram uns pedaços de céu cá em baixo, dando um ar de mistério, com o seu ar de bruma, simpatia ainda pelas nuvens que discutiam umas com outras riscando céu com raios de luz, acompanhados sempre pelo estrondo dos trovões, ainda hoje gosto de assistir a esse espectáculo.
A primeira vez que vi nuvens por cima, sentada num avião a primeira ideia que me ocorreu foi em estender a mão e recolher um pouco.
Hoje sei o que as nuvens são, gosto mais do céu azul, mas também gosto de certas nuvens.
Não gosto de outro tipo de nuvens, as nuvens que nos vão ensombrando o futuro, nuvens pesadas de ameaça e de cinzento, nuvens que teimam em tornar tudo mais negro, quase que á força, roubam o sol, não trazem tão pouco chuva, trazem só tristeza, injustiças.
Essas ando sempre a sopra-las…
Comentários
Vou recordar para ti a canção que Zezé cantava para Luís, para te animar
"Você sabe de onde eu venho
é de uma casinha que tenho
Fica junto de um pomar...
É uma casa pequenina
Lá no alto da colina
E se vê ao longe o mar..."
Reconheces?
Um livrinho que é uma ternura, "O Meu Pé de Laranja Lima"
Lembras-te quando ele diz:
" E foi assim que eu ganhei a minha roupa de poeta E fiquei Lindo"
Uma boa tarde para ti
Abraços da Lagartinha de Alhos Vedros
Mas há sempre nuvens, umas boas, outras não.
O Meu Pé de Laranja Lima, provocou-me um choro incontrolavél, identifiquei-me muito com aquele menino, quando lhe cortam o amigo.
È o fim da infância.
Mas não me lembrava do livro se não tivesses falado nele...
Obrigado
Beijos, Lagartinha
Abreijos.
E já agora do anterior do "se eu conseguisse" também. :)
M.
m.
Ainda bem que gostas.
beijos
E já agora um beijo
Mas formemos nós próprios as nossas nuvens e, arremessemo-las contra as deles, vamos provocar uma trovoada e das fortes, tão fortes que o mundo há-de ouvi-la e, ficar a saber, que neste rectângulo, na extrema da Europa, ainda há gente que sabe dizer não!... Sei bem por onde quero ir!... E POR AÍ NÃO VOU!
Xôxos
Ouss
Os textos e a música deste blog são tão agradáveis!
Beijo
Kiss Grande
Vamos precisar de muito folgo para sopra-las, mas iremos vencer!
bjos
Este acordeon parece-me Astor Piazzola, será?
Por vezes as nuvens que considero ameaçadoras, o Zé considera benéficas e vice-versa, por isso não sei se não sopraríamos em direcções contrárias…
Mas o que conta é a intenção!
Por isso muito obrigado.
Sensei
Pois tu sabes esses nomes técnicos e sempre que preciso pergunto-te, eu sei só as que gosto e as quer não.
Diogo
Boa analise das nuvens!
Quanto ao blogue faz de conta que estás em casa!
Ludo
Pois temos que continuar a lutar.
José (Poesia)
Todos juntos temos muito fôlego.
È Piazolla sim senhor, adoro!
Beijos
verdadeiras...
das de cor cinza vulcão
NAO!!!!!
Gosto de nuvens de algodão
das que fazem trovão
NÃO!!!!
Beijinhos
ausenda
Saudações tempestivas do Marreta.
P.S.: Mudei de poiso. Agora estou em "marreta.wordpress.com".
Nuvens e nevoeiro. Lembrei-me da minha professora de filosofia e que fez-nos uma questão, quiçá, pertinente para todos.
Imaginem um nevoeiro tal que só veríamos as pessoas do joelho para baixo?
É muito interessante ver as respostas.
Beijos,
Zorze
As novens não sei…
As nuvens são como são.
Ausenda
Eu até gosto das que trazem trovão.
Marreta
Pois esses dias de chuva e nós no choco até é bom sim senhor.
Já sei que mudaste!
Zorze
As naves, nunca vi!
È uma questão interessante essa da tua professora, podíamos ter a sorte de nos deparamos com pernas de atleta mas se nos deparássemos com alguém sem pernas, eu conheço alguém sem pernas!
Beijos
Eu também posso ajudar, se quiseres, sopro também!
Beijos
Zé Manuel
Nuvens do nosso contentamento,
Nuvens do nosso descontentamento...
Um beijo.
Víamos dos joelhos para cima. Ou então os sticks das muletas.
O pensamento era outro. A filosofia era outra.
Também conheço pessoas sem bracinhos. E algumas que queriam comprar outra cabeça, se isso fosse possível.
Anocas, o ponto que queria atingir era mais do tipo mental.
Beijos,
Zorze
Tantas nuvens, caramba!
Zorze
Eu percebi,m estava a brincar.
beijos