A noção que
estamos a fazer algo que gostamos comprova-se através da teoria da
relatividade, o tempo é muito relativo, se estamos a fazer algo que nos custa
fazer o tempo escorre vagaroso como um caracol com paralisia, olhamos
ansiosamente para o relógio para ver a hora do gongo, corremos para esse final,
tentamos afastarmo-nos o mais possível, física e mentalmente.
Se por outro lado
se estamos a fazer algo que nos sabe bem…a conversa é outra, não interessa que
se esteja a namorar, a ler, viajar, a ter uma conversa interessante, o tempo
some-se como água num passador, quando damos por nós o tempo sumiu-se e é quase
com pena que vemos chegar o fim.
Há uma história
de Albert Einstein a explicar a teoria da relatividade a uma aluna “Se estiver um
minuto sentada numa chapa em brasa, vai parecer que esteve horas ou dias, mas
se estiver umas horas a namorar, vai parecer que foram breves minutos!”
Não se se a
história é verdadeira, mas é ilustrativa.
Por estes dias o
tempo passa a correr, a manhã começa e de repente perguntam se quero ir almoçar
primeiro, entre separação de livros por cotas, receber livros de outros lados,
pesquisar, pedir livros, perceber que aqueles códigos fazem um sentido, cumprimentar
os clientes habituais que também já me vão conhecendo, dar voltas diferentes
aos quarteirões para ir percebendo cada percurso, respirar pedras velhas que
são novas, começar a namorar certos locais que vou elegendo como favoritos, dar
conta das fotos que tenho de tirar umas pelo pormenor belo, outras porque o meu
sentido de humor tropeça em pormenores que considero incríveis, conversa-se
sobre outras coisas: música, experiencias de vida e tudo o mais.
Aproveito o
treino o francês e o inglês com alguns “fregueses”, tenho um livro parado para
as horas mortas, que não existem e sorrio…
(imagem de Salvador Dali)
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