Celebremos então


Pronto o Natal desperta uns sentimentos infantis em mim, não consigo deixar de ter arrepios com algumas canções, com uma certa luminosidade das luzes de Natal, com a imagem de árvores decoradas e do menino Jesus, mesmo que o menino Jesus seja só um menino que poderia ser Simão, António, Manuel, Gabriel ou outro nome qualquer, ou porque não uma menina, porque os bebés são bebés, não interessa, seja lá como for tornou-se num símbolo de esperança e amor, depois de crescido lutou contra as injustiças, é quanto basta para mim, não acredito que foi concebido por uma mãe imaculada porque isso só por si seria pecado, uma criança deve ser concebida num turbilhão de amor carnal, expressão de outros amores, é desejável esse calor para conceber uma criança, também sei que não é fundamental, mas é importante, não acredito noutras coisas também, mas já aprendi que quem conta um conto acrescenta um ponto e durante dois mil anos para cá deve de se ter acrescentado muita coisa, no essencial, celebra-se um nascimento, celebra-se uma nova vida, uma nova esperança, o fim do Inverno que pode ser muita coisa, o Inverno é escuro, é frio, e apesar de ter sido vitima de má vontade, serve muito como metáfora para outras coisas, portanto celebremos então uma vida nova, desejável até quando a nossa vida se vê embrulhada em problemas velhos e até em coisas que julgávamos ser apenas recordações do passado, como as sopas do pobres, o trabalho quase escravo, a emigração forçada por um país onde o futuro não cresce.

Como celebrar então?

Podemos celebrar assim com doses de carinho fraternal, de solidariedade, até com muita força, acções concretas e diárias para afugentar o frio, a fome e sombra deste canto que já foi, também império romano, ou melhor desta maravilhosa bola azul suspensa num firmamento infinito, parece que já existiram muitos meninos que o tentaram, de várias formas e aparentemente conseguiram sempre mudar algo de fundamental e fizeram em cada passo um mundo melhor, celebremos então.

Comentários

Zorze disse…
O comércio da ternura do Natal e a lembrança dos pobres e aflitos, é uma das mais poderosas armas do marketing empresarial.
Porque é que a Popota só aparece no Natal?

O Natal, é parcial, não é igual para todos.

Bom Natal e beijocas.
Fernando Samuel disse…
Eu celebro isso!

Um beijo.
anad disse…
Um bom Natal junto dos familiares e amigos e um ano novo cheio de esperança.
Beijinho
Anad
Anabela Jardim disse…
Estive por aqui através de um site de busca e gostei do seu blog. Mas percebi que há algum tempo você está sem fazer postagem, então, me atrevo a te incentivar a voltar ...