E depois há pedaços de mim que ainda não compreendo, começo a olhar em redor e descubro pequenas coisas que deviam ser familiares e são estranhas.
As ruas já estão iluminadas, com luzes multicoloridas, anunciando o Natal, as montras enchem-se de renas, Pais Natais e neve de esferovite, estranhamente porque não existem renas cá, os velhos bem dispostos e generosos que conheço não vestem aquele uniforme da Coca Cola e neve só na Serra da Estrela e de vez em quando uns farrapos quando o frio é muito.
Apesar de adorar o Natal, não por questões religiosas, mas pela celebração da família, ainda não me sinto com espírito natalício, nada mesmo.
O Natal sempre foi mais para mim do que prendas, é amassar as filhoses em família, é trocar pratos de sonhos e azevias entre amigos e vizinhos.
Este ano os meus meninos já estão muito grandes, não partilham a magia do Natal, fazem-me aquele ar um pouco desdenhoso, de frete, e preferem prendas em dinheiro, o meu outro menino é muito pequenino, a ideia de conforto é a fralda mudada, o peito da mãe e o colo de um qualquer, até desta tia.
No que diz respeito á parte comercial do evento, basicamente estamos arrumados, a crise não dá espaço á aquisição de pequenas inutilidades para distribuir, terei de as fabricar para as oferecer, coisas simples que pinto e bordo, não serão extraordinárias mas feitas com muito carinho.
Tenho de tirar os enfeites de Natal dos caixotes, as bolas de papier machet, os minúsculos cavalinhos de madeira pintados á mão que penduro na árvore, o presépio tosco que me acompanha há muitos anos com moinhos do tamanho dos camelos, ovelhas quase do tamanho dos Reis Magos, dois Josés, não sei porquê tenho dois Josés, como não consigo escolher coloco os dois.Não pelo simbolismo do advento, mas uma criança que nasce é sempre um renovar de esperança e amor, pelo menos devia, então acolho sempre aquele Menino Jesus lá em casa, com a sua mãe, o seu pai emprestado ou não
As ruas já estão iluminadas, com luzes multicoloridas, anunciando o Natal, as montras enchem-se de renas, Pais Natais e neve de esferovite, estranhamente porque não existem renas cá, os velhos bem dispostos e generosos que conheço não vestem aquele uniforme da Coca Cola e neve só na Serra da Estrela e de vez em quando uns farrapos quando o frio é muito.
Apesar de adorar o Natal, não por questões religiosas, mas pela celebração da família, ainda não me sinto com espírito natalício, nada mesmo.
O Natal sempre foi mais para mim do que prendas, é amassar as filhoses em família, é trocar pratos de sonhos e azevias entre amigos e vizinhos.
Este ano os meus meninos já estão muito grandes, não partilham a magia do Natal, fazem-me aquele ar um pouco desdenhoso, de frete, e preferem prendas em dinheiro, o meu outro menino é muito pequenino, a ideia de conforto é a fralda mudada, o peito da mãe e o colo de um qualquer, até desta tia.
No que diz respeito á parte comercial do evento, basicamente estamos arrumados, a crise não dá espaço á aquisição de pequenas inutilidades para distribuir, terei de as fabricar para as oferecer, coisas simples que pinto e bordo, não serão extraordinárias mas feitas com muito carinho.
Tenho de tirar os enfeites de Natal dos caixotes, as bolas de papier machet, os minúsculos cavalinhos de madeira pintados á mão que penduro na árvore, o presépio tosco que me acompanha há muitos anos com moinhos do tamanho dos camelos, ovelhas quase do tamanho dos Reis Magos, dois Josés, não sei porquê tenho dois Josés, como não consigo escolher coloco os dois.Não pelo simbolismo do advento, mas uma criança que nasce é sempre um renovar de esperança e amor, pelo menos devia, então acolho sempre aquele Menino Jesus lá em casa, com a sua mãe, o seu pai emprestado ou não
Comentários
Sáo as saudades que muito apertam.
Lembro Natais muito calorosos, com os meus pais,as crianças, as prendas, os risos e os doces, muitos doces.
Como sabes sou muito gulosa de doces e afectos e agora faltam-me muitos, partiram e eu não consigo deixar de precisar deles, de tal forma que por vezes me parece ouvir as suas vozes.
Hoje para mais animar, recebi uma carta das finanças reclamando dívida, dizem eles que de baixo valor,para o meu pai pagar.
O meu pai faleceu ha 5 anos, apenas tinha uma casa que ficou para a minha mãe que também faleceu ha 3anos
Este maldito governo só pensa em extorquir dinheiro.
Estou desfeita e cheia de raiva. Mas como funcionam aqueles serviços, dei baixa de tudo e de tudo informei?!
Desculpa o desabafo, mas de facto o Natal é o meu surto anual depressivo.
Abracinho da Lagartinha de Alhos Vedros
Afinal é apenas mais um dia de calendário...
E vou resistir a comprar sonhos e essas coisas de que tanto gosto, mas que fazem tão mal...
Um abraço
Prendinhas??
Pois... só mesmo mãe, pai, irmão e namorado!
Os presentes devem ser dados o ano inteiro e não com data marcada :/
beijinhoss e bom fim de semana
Lagartinha-Eu percebo esses vazios, mas fui habituada a celebrar o Natal, não pelo lado consumista mas pela alegria da partilha, é isso que tento fazer.
As injustiças crescem e sempre existiram, mas também é conforto e no carinho dos que amamos que renovamos forças para lutar contra elas.
Maria-Eu não dispenso fazer as filhoses com as minhas tias velhotas e doentes que pouca ajuda dão, é uma forma de ali estarmos, partilhar histórias relembrar quem já partiu de forma alegre. Elas já pouco fazem, a minha mãe amassa as filhoses e o resto é comigo, mas não interessa. è um dia de Calendário e sim como dizia Ary "O Natal é quando um homem quiser" ou a mulher.
Se este ano a consoada fosse na minha casa convidava-te só para estares ali comigo.
Beijos
È claro que os presentes devem de ser dados o ano inteiro, este ano ou fabrico os presentes ou não dou, só mesmo aos meus meninos.
Para o resto está muito mau.
Beijos
A lembrança dos tempos felizes atormenta-me, agora não tenho os meus filhos pequenos, com as prendas, as filhoses, o bacalhau, e mesmo com o frio que detesto, essa época do ano já foi gostosa para mim. Agora....bom agora sempre posso ir até à praia e dar um mergulho, é o que me resta do Natal.
Um abraço!
Tomara que passe a época.
Abraços para todos
Lagartinha de Alhos Vedros
abraço do vale
Sempre fui amante de fazer uma linda árvore de natal. Receber e dar prendas. Meus dois pequenitos (26/28 anos) já não estão em casa. Quanto sinto a falta deles.
Filhós, que prazer.
Bj do Zé
Já há por aí quem vos queira ver em baixo, portanto vamos lá a arrebitar. Vou comprar uns pinhões e convido-vos a jogar ao rapa.
Atenção que só jogam os convidados aqui do bairro! É que para rapar há por aí uns finórios sempre prontos...
Oh Ana, dá aí um abraço de ânimo à Lagartinha de Alhos Vedros para ela animar e para ti abreijos
Kisses
Obrigada Salvo, pela forcinha.
Abraços para todos da Lagartinha de Alhos Vedros
é religião que não comprendes, mas também é o nascer de ti para os outros.
um bom Natal para ti.
Lagarinha-Temos de nos juntar tens de comer uma filhós.
Duarte-Ai, ai ai….
Zé do Cão-Eu também.
Salvoconduto-já viste esta gente? É assim para o ano de 2009, convido já a Maria, o Mugabe, o Duarte, Carlos Barbosa de Oliveira, a Lagartinha e o seu Lagartão para virem passar o Natal comigo, na minha casa. Este ano não dá porque vou para outra casa sem ser a minha. OUVIRAM?!
Não estou a brincar, faço filhoses, arroz doce, bacalhau o que quiserem, vem tudo para debaixo da minha asa. TENHO DITO!
Cheira-me a Revolução- Tu andas com problemas de identidade Ludo….
Pduarte- Eu compreendo, respeito, não acredito é só, mas sim será mais um nascer de mim…
Beijos
Como sabes, tenho uma opinião muito própria do Natal.
É a hipocrisia elevada ao extremo.
Abraço,
Zorze
Um beijo.
Fernando Samuel- Para mim também, isso é que importa. :)
Beijos
um grande beijinho