Ainda o mesmo...

Pronto é inevitável falar do Natal.
Eu sei que a crise continua, eu sei que tenho sempre contas para pagar, eu sei que não há justiça social, igualdade de oportunidades, sei que não se praticam os Direito Humanos, sei ainda que há crianças com fome e maltratadas, há guerra em diversas partes do mundo, doenças, há uma histeria colectiva de comprar, coisas inúteis e nem sequer pensadas como deve de ser, coisas que se compram só para se dizer que se comprou.
Sei de tudo isso, mas eu gosto do Natal.
Tenho sempre uma espécie de suspiro a passar pelas iluminações Natalícias, não sendo religiosa, acho que o pretexto de supostamente ter nascido um homem bom, supostamente nesta data ou o solstício de Inverno são pretextos tão bons para nos aconchegarmos em família como outro qualquer.
É claro que o podemos fazer noutra altura, mas porque não nesta?
Fui habituada a “viver o Natal” tento faze-lo e viver o Natal é isso juntarmo-nos, trocar um presente ainda que insignificante, ou um simples abraço, uma coisa barata mas de muito valor quando é sentido, fazer aquelas receitas um pouco mais complicadas, mas que feitas com carinho são também uma dadiva de nós, sentirmo-nos assim num ovo, quente e confortável, com uma casca de carinho.
As filhoses não são caras, são farinha, laranja, aguardente, um pouco de gordura, são fritas, passadas por açúcar e canela. Demoram tempo a fazer, terá de se colocar no bater da massa a energia da vida, deixar repousar depois para que ganhe sabor e leveza, o acto de esticar aqueles pequenos rectângulos terá de ser abnegado, no fritar terá de ser dado o calor exacto, rematar tudo com açúcar e canela.
Exótico, como festejar um ritual pagão de enfeitar uma árvore que não deixa cair folha ou festejar um nascimento no médio oriente.
Pouco saudável, mas se o Natal é quando queremos, eu as filhoses só as faço e como no Natal!

Comentários

Anónimo disse…
Afinal, Natal é sempre Natal...
Kisses
Fernando Samuel disse…
Para mim, o Natal é EXACTAMENTE isso.



Um beijo.
Anónimo disse…
Aninha, só mesmo tu a falares de Natal, essa criança que tens dentro de ti,acende em ti as luzes de Natal.
Está bem, gosto das rabanadas e do bolo rei e dos sonhos e das azevias e das broas e dos frutos secos e dos chocolates, de tudo menos do Natal dos hospitais e das campanhas de boa vontade.
Beijinho Aninha
Lagartinha de Alhos Vedros
Ana Camarra disse…
Ludo-Pois é!

Fernando Samuel-Pois EXACTAMENTE!

Lagartinha-Eu também não gosto da caridade postiça de ocasião, do Natal dos Hospitais ou de quelm geralmente é uma cavalgadura e por chegar a esta data passa a ser afavél, não gosto do consumismo desenfreado.
Acho que triste é o Natal de quem enconmenda filhoses feitas a metro, chama um decorador para lhe fazer uma árvore sem alma e compra prendas sem investir carinho nenhum, isso não é Natal!

Beijos
duarte disse…
o natal...
essa fotografia revela pureza e carinho...ai...sorry ana não consigo falar de natal...aliás já o fiz há uns dias atrás, no meu espaço.sem mais demoras um abraço e continua assim ...simplesmente...tu.
duartenovale
Zorze disse…
Ana,

Já deu para entender que gostas muito do Natal. Ainda bem. És um espírito de um coração enorme e de uma consciência de altíssimo nível.
Sei que tens um sentimento de pureza relativamente ao Natal.

Agora, Aninhas faço-te uma questãozinha como forma de stress positivo.
Porquê é que as pessoas quando dizem que gostam do Natal, primeiro dizem que sabem de todas as agruras do planeta?

Beijos,
Zorze
Zorze disse…
Ahh, e tenho de provar as tuas filhozes, feitas por uma especialista é outra coisa.
Porque o padrão energético de quem confecciona os alimentos passa-o para os mesmos.
Logo tu sendo portadora de boas energias as filhozes também as serão.

Mais bejokas,
Zorze
Ana Camarra disse…
Duarte - Garanto que vou ser sempre igual a mim, gosto mesmo muito do Natal, só gostava de transferir para todos á minha volta o mesmo sentimento.

Zorze-Se todos os discursos anti Natal começam com as desgraças desta vida eu digo logo que as conheço para não existirem mal entendidos. Quanto ás filhoses agarras no dia 24 durante o dia (vou faze-las de manhã)ou dia 25 depois de estares com a tua familia é vires cá beber um copo connosco, jantares no dia 25 se quiseres, podes comer quantas quiseres também vou fazer sericaia, arroz doce, bolo de chocolate,etc, portanto é tocares á campainha, já sabes que és bem recebido.
No dia 25 á noite costumo fazer um caldinho de camarão.

Beijos
J. Maldonado disse…
O Natal não me diz nada, pois é uma data que só beneficia o comércio e a Banca... :(
Ana Camarra disse…
Maldonado

Só se quisermos!

Eu gosto muito do Natal!

beijos
Ana Camarra disse…
Zorzito

Eu por acaso sou mentirosa?
Se digo para vires é da maior das boas vontades, tenho muito gosto.

beijos