Pronto, depois como isto tem dias, há dias assim.
Dias em que apesar do sol brilhar quase nada me aquece, antes pelo contrário, fica tudo coberto de uma gelatina fria e viscosa.
Tudo o que decido fazer esbarra em obstáculos, obtusidades, vazios, becos sem saída, labirintos irracionais, de pedra. Escuros e frios, muito frios.
Sinto-me absolutamente perdida, incrédula, cansada, espremida.
Tudo difícil, muito difícil.
Frustrante, frustrante.
Por muito que não queira só sinto um apelo de mar, de ir vê-lo, cheira-lo, se possível navegar ou entrar nele só.
Um amor antigo, confortável retemperador.
O mar nunca me falha.
Sinto-me outra vez pequena, infantil, perdida, um pouco abandonada, assim como um bicho sem afagos, uma planta colocada á sombra, com raízes expostas sem terra que chegue.
Quero tirar esta casca de mulher crescida, quero arrumar os compromissos, as obrigações, a agenda, os telemóveis, os pedidos diversos de apoio, sempre a pedirem raramente a oferecer, num baú daqueles que se guardam nos sótãos, que criam pó e teias de aranha, feitas pacientemente na certeza que ninguém as vai quebrar.
Fugir de mim, isso seria interessante, fugir de mim.
Apesar de saber de antemão daqui a pouco alguma coisa irá mudar tudo, alguém que telefona só para saber se estou, ou que tem saudades minhas, que sente a minha falta.
È tão bom saber que alguém sente a nossa falta.
Ou então outra coisa qualquer, uma flor num sítio inesperado, uma recordação qualquer reconfortante, uma nuvem com um ar estranho, uma certa luz a bater na água, uma música que já não me lembrava no rádio do carro.
Pronto vamos ver se até ao final do dia encontro a outra Ana.
Dias em que apesar do sol brilhar quase nada me aquece, antes pelo contrário, fica tudo coberto de uma gelatina fria e viscosa.
Tudo o que decido fazer esbarra em obstáculos, obtusidades, vazios, becos sem saída, labirintos irracionais, de pedra. Escuros e frios, muito frios.
Sinto-me absolutamente perdida, incrédula, cansada, espremida.
Tudo difícil, muito difícil.
Frustrante, frustrante.
Por muito que não queira só sinto um apelo de mar, de ir vê-lo, cheira-lo, se possível navegar ou entrar nele só.
Um amor antigo, confortável retemperador.
O mar nunca me falha.
Sinto-me outra vez pequena, infantil, perdida, um pouco abandonada, assim como um bicho sem afagos, uma planta colocada á sombra, com raízes expostas sem terra que chegue.
Quero tirar esta casca de mulher crescida, quero arrumar os compromissos, as obrigações, a agenda, os telemóveis, os pedidos diversos de apoio, sempre a pedirem raramente a oferecer, num baú daqueles que se guardam nos sótãos, que criam pó e teias de aranha, feitas pacientemente na certeza que ninguém as vai quebrar.
Fugir de mim, isso seria interessante, fugir de mim.
Apesar de saber de antemão daqui a pouco alguma coisa irá mudar tudo, alguém que telefona só para saber se estou, ou que tem saudades minhas, que sente a minha falta.
È tão bom saber que alguém sente a nossa falta.
Ou então outra coisa qualquer, uma flor num sítio inesperado, uma recordação qualquer reconfortante, uma nuvem com um ar estranho, uma certa luz a bater na água, uma música que já não me lembrava no rádio do carro.
Pronto vamos ver se até ao final do dia encontro a outra Ana.
Comentários
Passo aqui todos os dias, por vezes leio e depois tenho que reler.
Não comento porque acho que deve ser cansativa a minha ladainha de te dizer, que tens razão, que escreves muito bem, que és fantástica.
Ainda por cima tens aqui comentadores permanentes muito bons.
Vejo que hoje não estás bem.
Não se isto te serve para aquecer mas olha, fazes-me falta!
Faz-me falta vir aqui todos os dias a esta ilha de bom senso, dde alegra, de memórias doces, ideias firmes, palavras bem conjungadas, boas músicas.
È bom ver a menina que vi crescer ser assim uma mulher tão completa.
Espero que isto te aqueça um pouco a alma, mesmo que seja um bocadinho pequeno.
Um beijo muito grande
Zé Manuel
Aproveita o que é bom.
Sei que falar é fácil mas mesmo que o dia não traga nada de jeito... É tirar o melhor possível.
M.
Sempre aquece um bocadinho.
M.
Pois terá de ser, vou tentar.
Beijos
;)
Nunca fujas de ti, que é contigo que nós estamos bem. Até mais logo, amiga.
Irei encontrar, sim.
Salvoconduto
São lindas, obrigado!
beijos
Força Amiga, se precisares de alguma coisa avisa... A malta anda por aqui...
Beijinhos Fortes
Ludo-Este dia tinha sido mais proveitoso, feliz e gratificante se tivesse sido o Dia Anual de ficar a dormir da Ana.
Muito mais.
O pior é que ainda não acabou!
Beijos
Um amigo meu disse-me, certa vez, que um texto de Miguel Sousa Tavares a descrever um passeio ao Alentejo lhe deu uma vontade irresistível de fazer o mesmo. A tua escrita tem este efeito.
Beijo
Sempre uma simpatia.
Beijos
serenamente
encontra a tua trova
outra vez
e loucamente!!!!
Beijo amiga
ausenda
Uma boa noite de sono costuma resolver a situação. Se preciso for daquelas até à 1 da tarde, a ouvir a chuva a bater na vidraça...
Saudações e ânimos do Marreta.
P.S.: Isto está a precisar é de uma revolução gastronómica...
Quando te sentires perdida, não precisas de seguires atalhos.
Segue o caminho que te relançe naquilo que entendes por verdade, mesmo, que outros em seu argumentário te ludibriem com a sua razão.
Segue aquilo que te parece o melhor.
Nas tuas palavras também se sente algum cansaço. Até o cansaço pode ser enganado.
Vai com calma, menina. Este mundo foi feito para nos stressar.
Beijos,
Zorze
Marreta-Se calhar tens razão!
Zorze-Deixa eu stresso e destresso…
Beijos
Ouss
Pois estou!
beijos
Um beijo amigo.
Não, não tinha, ainda á pouco a perdi outra vez, a vida teima em castigar-nos sempre.
beijos