Não sei que imagem irão recordar de mim.
Não sei como ficarei eternizada na memória dos meus filhos, a mãe que os mima, a mãe que lhes ralha, o colo disponível, a cúmplice….
Não gostava de deixar a imagem da mulher cansada de há uns poucos anos atrás, triste consigo e com o mundo, transportando essa tristeza com um fardo e espalhando, inevitavelmente essa sombra à sua volta.
Gostava que se recordassem da mãe, já cota, mas que consegue saltar e brincar, curtir um som, entrar no mundo deles, ensinar-lhes coisas e aprender tanto com eles.
Gostava que se recordassem de uma mulher que gosta de viver!
Viver!
Há cerca de um ano, mais coisa menos coisa, encarei-me a mim!
Pensei que se tudo correr pelo melhor estou mais ou menos a meio da minha vida, se tudo correr pelo pior já queimei uma grande parte dos cartuxos.
Decidi na medida do possível arrumar-me dentro de mim, aproveitar ao nível do que me é permitido por todas as condicionantes, gostar de mim e desfrutar-me.
Egoísta?
Acho que não.
Não querendo parecer o anuncio do leite, se eu não gostar de mim…
Perdi tempos infinitos preocupada com coisas que já não me assustam, o peso a mais ou a menos, a roupa para passar, o dia de depois de depois de amanhã.
Preocupo-me com futuro, claro que sim.
Mas hoje é o futuro de ontem e o passado de amanhã.
Quando olhar para traz quero ter orgulho de mim.
Tenho problemas para resolver: saúde, comboios de problemas de trabalho, problemas de todos os dias, banais, o dinheiro, a luz, o electrodoméstico que avaria, o carro que precisa de revisão, a família com os seus quês….
Tenho indignações de estimação e carinhos também!
Tenho uma legião de amigos que gostam tanto de mim que acham que tem de me tratar como se fosse uma espécie de flor de estufa….até é bom ter esse cobertor invisível de aconchego, mas podiam confiar mais em mim!
Os meus excessos são pequenas loucuras: fumar uns cigarros, ler que nem uma louca, contar anedotas, cantar se estiver bem disposta, ver o mundo de todas as perspectivas, cozinhar horas a fio, escrever, pegar num projecto novo e vive-lo intensamente, beber uns copos em boa companhia, encontrar alguém que me perceba e discutir todos os assuntos que me passem pela tola, mesmo que seja até a madrugada raiar….Não faço isso todos os dias.
São excessoszinhos!
Não descuro responsabilidades, compromissos.
Mas não me quero atraiçoar.
O que é certo é que desde que me conheci assim passei a gostar desta gaja, Ana ao meu dispor!
Não sei como ficarei eternizada na memória dos meus filhos, a mãe que os mima, a mãe que lhes ralha, o colo disponível, a cúmplice….
Não gostava de deixar a imagem da mulher cansada de há uns poucos anos atrás, triste consigo e com o mundo, transportando essa tristeza com um fardo e espalhando, inevitavelmente essa sombra à sua volta.
Gostava que se recordassem da mãe, já cota, mas que consegue saltar e brincar, curtir um som, entrar no mundo deles, ensinar-lhes coisas e aprender tanto com eles.
Gostava que se recordassem de uma mulher que gosta de viver!
Viver!
Há cerca de um ano, mais coisa menos coisa, encarei-me a mim!
Pensei que se tudo correr pelo melhor estou mais ou menos a meio da minha vida, se tudo correr pelo pior já queimei uma grande parte dos cartuxos.
Decidi na medida do possível arrumar-me dentro de mim, aproveitar ao nível do que me é permitido por todas as condicionantes, gostar de mim e desfrutar-me.
Egoísta?
Acho que não.
Não querendo parecer o anuncio do leite, se eu não gostar de mim…
Perdi tempos infinitos preocupada com coisas que já não me assustam, o peso a mais ou a menos, a roupa para passar, o dia de depois de depois de amanhã.
Preocupo-me com futuro, claro que sim.
Mas hoje é o futuro de ontem e o passado de amanhã.
Quando olhar para traz quero ter orgulho de mim.
Tenho problemas para resolver: saúde, comboios de problemas de trabalho, problemas de todos os dias, banais, o dinheiro, a luz, o electrodoméstico que avaria, o carro que precisa de revisão, a família com os seus quês….
Tenho indignações de estimação e carinhos também!
Tenho uma legião de amigos que gostam tanto de mim que acham que tem de me tratar como se fosse uma espécie de flor de estufa….até é bom ter esse cobertor invisível de aconchego, mas podiam confiar mais em mim!
Os meus excessos são pequenas loucuras: fumar uns cigarros, ler que nem uma louca, contar anedotas, cantar se estiver bem disposta, ver o mundo de todas as perspectivas, cozinhar horas a fio, escrever, pegar num projecto novo e vive-lo intensamente, beber uns copos em boa companhia, encontrar alguém que me perceba e discutir todos os assuntos que me passem pela tola, mesmo que seja até a madrugada raiar….Não faço isso todos os dias.
São excessoszinhos!
Não descuro responsabilidades, compromissos.
Mas não me quero atraiçoar.
O que é certo é que desde que me conheci assim passei a gostar desta gaja, Ana ao meu dispor!
Comentários
E se nós não gostassemos de nós próprios, haveriam os outros de gostar ou de ter pena?
Abreijo
Ouss
Um abraço
O balanço entre aquilo que nos apetece e aquilo que não magoa os outros é ténue, quando conseguimos é óptimo.
Sensei – Obrigado.
Kaotica – Foi muito bom estar convosco também, havemos de nos juntar mais vezes.
beijões
Há que viver e não simplesmente existir.
Abreijos
Pois se falha esse amigo(a) promotdial como fazer novos, como ser honesto na amizade, no amor, nas convicções....imprescindível sem dúvida.
abreijo
Apesar de ter lido tudo o que escreveu nestes dias, optei por me remeter ao meu cantinho.
A Ana conseguiu brindar-ños com textos maravilhosos e inquietantes e cada vez mais parece uma amiga próxima.
Gostei de tudo mas gostei especialmente deste texto,do texto da Outra e do desafio que é o texto Escolher.
São tão intimos que arrepiam!
Só posso concluir que a Ana será sem dúvida a pessoa fabulosa que imagino, mais ainda quando aparecem testemunhos de quem a conhece ao vivo e a cores, que corraboram isso mesmo.
Muito Obrigado, muito mesmo.
Augusto
Auugusto - pensava que estava chateado comigo ainda bem que não, ainda bem que gostou, muito obrigado uma vez mais pelos carinhos.
beijocas
;)
Cumprimentos.
CRN - A vida é uma aventura, mas sim devemos de resperir como queremos.
beijos
Mas quando por cá passo, gosto tanto do que leio, que me apetece voltar, volta e meia, sem embaraço.
Mais um belo texto Ana.
Tu com os teus filhos e eu com as minhas netas, acreditas que no domingo, fui com elas ouver os "Chutos", no meio daquela multidão ,não viam nada claro, enytão foram três canções a cada uma ás cavalitas do velho!
Áh... e depois ainda ouvi raspanete da avó, "tens menos juízo que elas".
Nó comunistas somos assim...Que fazer?
Bjos camarada
José - E não é bom sermos assim?
É o sal da vida, senão isto era uma grande chatice.
beijos
tenho tudo, até umas coisas a mais....
mas sim é para viver até ao fim.
beijo
Kiss Grande
é viver é a única e derradeira aventura, tristes os que lhe passam ao lado e passam só por cá.
bjks
Bjs
JJay
Baralha-nos para atrapalhar. As coisa são como são, vivemos e aprendemos. Mais uma vez deste um bocadão de ti neste excelente post. Os outros nos recordarão simplesmente e apenas como nós somos. E ainda por cima vêm aquilo que nós tentamos esconder. Por isso deitemos as máscaras "borda fora" e vivamos como somos. E não há volta a dar somos os melhores psicólogos de nós próprios.
Beijos,
Zorze
Eu sei que gostam, sei que gostam muito e não são bocas foleiras, digo que cobertor da vossa amizade sabe bem!
E é um previlégio ter amigos assim, como tu, não tenho dúvidas nenhumas.
A festa não foi a primeira, nem a última, mas á muito tempo que não me sentia tão viva e tu sabes que isso, para mim, é por vezes um luxo.
beijocas muitas
São sempre giras as tuas apreciações.
Não sei se somos os melhores psicologos de nós próprios, somos muito parciais.
beijocas
O importante é a vida. Quando morrer acaba tudo.
Bjs.
obviamente não és mãe!
brincadeiras á parte existem desaparecidos da vida que nos deixam uma marca profunda e por força disso continuam vivos para nós por isso é só uma coisa absolutamente empirica, não estarei cá para saber, mas gostava que recordassem pelo melhor.
bjs