Não espreites agora
Não espreites para dentro de mim
Agora de repente, não
Agora passam-se coisas só minhas aqui dentro
Vontades, desejos, loucuras,
Saudades, memórias,
Acomodações, cedências
Outras coisas, que prefiro guardar
Gritos que nunca dei
Lágrimas que correram para os sítios errados
Como rios que voltam para a nascente
Sementes e outras coisas presas
Presas em malhas de raízes
Daquelas que cheiram a terra e a humidade
Que nunca germinaram
Dentro de mim toca agora uma música
Só minha, que não sei se podes escutar
Tem risos infantis, vozes roucas, instrumentos de cordas
Um coro desafinado onde eu canto menina
Onde eu canto mulher
Um som que não sei se de um trompete ou
O pedido de socorro de um barco perdido numa bruma
São coisas que nunca perdi
Não espreites para dentro de mim
Agora de repente, não
Agora passam-se coisas só minhas aqui dentro
Vontades, desejos, loucuras,
Saudades, memórias,
Acomodações, cedências
Outras coisas, que prefiro guardar
Gritos que nunca dei
Lágrimas que correram para os sítios errados
Como rios que voltam para a nascente
Sementes e outras coisas presas
Presas em malhas de raízes
Daquelas que cheiram a terra e a humidade
Que nunca germinaram
Dentro de mim toca agora uma música
Só minha, que não sei se podes escutar
Tem risos infantis, vozes roucas, instrumentos de cordas
Um coro desafinado onde eu canto menina
Onde eu canto mulher
Um som que não sei se de um trompete ou
O pedido de socorro de um barco perdido numa bruma
São coisas que nunca perdi
Ou que nunca encontrei
Que já fazem parte de mim
Também guardo esperanças
Luzes e risos, uns usados outros novos
Por isso não espreites
Podes querer ficar
Que já fazem parte de mim
Também guardo esperanças
Luzes e risos, uns usados outros novos
Por isso não espreites
Podes querer ficar
Comentários
Gostei do poema, do ritmo, e da forma como desenrolas toda a imagem.
Digo apenas gostei e bastante.
PAZ e LUZ na tua casa.
Ficar, pode ser, lugar.
Um lugar próximo e distante, por mais das vezes, lugares.
Recônditos na nossa mente.
O Homo Sapiens Sereníssimus perceberia tudo, num átimo, em instante de átomo.
Poderia ser e até, preocupante...
Mas veria veios capilares a descorrerem formas desenhadas à mão, por seres que trespassam os anos, gerações, quiçá entidades ou elementos.
Que mais do que observam, acarinham e em muitas tentativas vãs, outras não...
Limam arestas em dias, nos dias...
À noite e no nevoeiro.
Beijos,
Zorze
Nem tenho mais palavras...
Um beijo
Um beijinho
Eduarda
Be in ♥ love
ja agora visita isto:
http://acincotons.blogspot.com/
Como dizer que é lindo, de uma forma também linda?
Aninha gosto do que escreves e da forma como escreves.
Tenha o texto mel, vestidos de organza, asas brancas, bailes, medos da noite com PIDES, ou mesmo histórias de donas de casa com camisas de dormir de flanela com florzinhas.
Gosto das histórias dos teus tios e tias, das brincadeiras de criança,das voltas e reviravoltas do dia a dia de uma mulher ocupada com tudo e com todos!
Gosto e ponto final!
Um abraço e uma torta de chocolate
Lagartinha de Alhos Vedros
Um beijo.
abençoado seja este momento de leitura
sinceramente, eu gostava de ter escrito isto e para mim este é o maior eleogio
e se não gostas disso, fica apenas com a palavra do princípio: obrigada é tudo
Ainda bem que gostas.
Tu é que és poeta!
Zorze
Acho que nunca encontrei esse Homo Sapiens Sereníssimo.
Maria
Repito o que disse ao Akhen, ainda bem que gostas, tu é que és poeta.
Made in love-Eduarda
Obrigado
Sagher
Exactamente!
Lagartinha
Ainda que virtual soube-me bem essa torta.
Fernando Samuel
Talvez.
Maria de Fátima
Aceito sim senhora eu é que agradeço.
Beijos