Porque esperança é uma saudade ao contrário


Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar,
E das estrelas que esquecemos de contar.
O amor se deixa surpreender,
Enquanto a noite vem nos envolver.

Vou te contar...” Tom Jobim

Houve alturas que me perguntaram se sou uma mulher de fé, respondi sempre que não, sou uma mulher de esperança!
Das margens do rio que se guardam, do seu correr em direção ao mar, há em cada gota a esperança de ser onda, maré, oceano.
Em todos os passos que dou há um caminho, pouco previsível, nem sempre com destino certo, mas o importante é aproveitar a viagem, continuo a acalentar esperanças, é um pouco como o final dos dias, um momento suspenso que já não é dia nem ainda é noite, mas é belo, despede-se uma luz com outra, não pior, só diferente.
Portanto acalento esperança, uma espécie de saudade virada ao contrário, uma margem de um rio que se pode sempre cruzar, voltar ou partir, seguir rumo ao oceano, ser onda, praia, temporal, sem perder a sua característica fundamental, mais doce ou mais salgada, a esperança são as saudades sem lutos, sem recriminações, são folhas em branco, para desenhar um caminho e desfrutar a viagem.
Fundamental ter saudades do futuro.
https://www.youtube.com/watch?v=KayJhFGD7IA

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