3 coisas...




Ando com vontade de fazer coisas diferentes, absurdamente diferentes, ocorrem-me três coisas diferentes, velejar sozinha ou com uma companhia mínima muito selecta, não sei quanto tempo, certo é que não sei velejar, mas ideia de estar sem horas marcadas, sem motores, sem telefones e sem relógios, me agrada, é claro que na minha cabeça existem pilhas de livros para ler e um mar azul calmo, transparente, sem fim onde posso mergulhar sempre que me apetecer, outra coisa que me ocorre é cantar Jazz, tenho a voz suficientemente rouca e grave, conheço de cor e salteado as letras das canções que não se gastam com o tempo, Gershwin, Cole Porter, falta-me o jeito, a potência e o treino, mas existe qualquer coisa de fascinante naquele cantar rouco com a batida de um contrabaixo e trompete ou saxofone a chorar junto com a voz, qualquer coisa forte, nocturna, alegre e triste como a vida.
Por fim apetece-me fazer amor na relva, sei que existem milhares de imagens de filmes onde apaixonadamente se faz amor na praia, mas ideia da areia incomoda-me, apesar de adorar praia, a relva fresca, com cheiro a terra parece-me um bom lençol, para se amar e ser amado com calma, talvez me engane, costumam existir galhos e formigas nos relvados, pior que isso os relvados que conheço para além de demasiado expostos costumam ser pródigos em dejectos caninos, aliás parece que o típico cão urbano tem um fascínio por relva

Comentários

Anónimo disse…
Tás à espera do quê?!

Lena
Diogo disse…
Cara,

Quanto ao velejar sozinha, compra uma prancha de windsurf. Nada dá mais paz de espírito.

Quanto ao cantar, tu lá sabes.

Quanto ao amor na relva, apontaste tantos contras que assustaste toda a gente. Mas julgo que numa praia, numa noite de verão, com uma lua em quarto crescente, é um milhão de vezes melhor.

Beijo
Fernando Samuel disse…
Avança para as três coisas! - uma de cada vez, é claro...

Um beijo.
Zorze disse…
Ana,

Quanto ao Amor, não há nada melhor que uma boa cama, com lençóis lavados. Acredita!
Mas certas avarias também fazem bem aos estados de alma.

Quanto à pensenidade de velejar, isso vem de outras vidas. Nós portugueses temos muito esses arrepipes, são réstias de vidas passadas como navegadores solitários em alto mar, viajantes no desconhecido.
Faz parte do nosso ADN de ser português.

Beijos,
Zorze