Não consegui atinar com twiter mas lá aderi ao facebook, levei meses a receber convites para estes e outros meios de ligação virtuais, tentei ignorar, mas a insistência era muita, através dos tais convites, de viva voz, por telefone “Oh Ana não sejas teimosa! Aquilo é giro!”.
Num domingo eleitoral, entre contagens e outras obrigações, depois de ler os jornais de fio a pavio, antes de receber uma noticia não inesperada, mas chocante, da morte de um familiar, registei-me, passado pouquinho tempo tinha uma catrefa de amigos virtuais, sendo a esmagadora maioria amigos a sério de carne e osso com quem de vez em quando partilho um café, dois dedos de conversa e mais qualquer coisa.
No entanto apesar de achar piada ao meio de divulgação, a ter encontrado amigos que tinha perdido o rasto ou que simplesmente com quem mantinha um contacto espaçado, de conseguir ainda através deste meio manter comunicações mais regulares com familiares, apesar de todas as vantagens sou apanhada numa espécie de loucura colectiva, mais de dois terços daquela malta dedica-se a coisas estranhíssimas como a agricultura ou a aquariofilia virtual.
Para além de levarem imenso tempo a cultivar rabanetes e morangos virtuais, a chocarem ovos e coisas que os valha, atormentam-me com ofertas e pedidos: oferecem-me árvores de fruta diversa, cabras, galinhas, patos, ovelhas e até um urso, pedem ajuda para as colheitas ou para limpar folhas, perguntam-me se desejo adoptar uma tartaruga bebé ou um peixe tropical.
Já lá coloquei um aviso que não estou interessada, tenho membros da família e amigos que se tornaram em verdadeiros latifundiários virtuais.
Num domingo eleitoral, entre contagens e outras obrigações, depois de ler os jornais de fio a pavio, antes de receber uma noticia não inesperada, mas chocante, da morte de um familiar, registei-me, passado pouquinho tempo tinha uma catrefa de amigos virtuais, sendo a esmagadora maioria amigos a sério de carne e osso com quem de vez em quando partilho um café, dois dedos de conversa e mais qualquer coisa.
No entanto apesar de achar piada ao meio de divulgação, a ter encontrado amigos que tinha perdido o rasto ou que simplesmente com quem mantinha um contacto espaçado, de conseguir ainda através deste meio manter comunicações mais regulares com familiares, apesar de todas as vantagens sou apanhada numa espécie de loucura colectiva, mais de dois terços daquela malta dedica-se a coisas estranhíssimas como a agricultura ou a aquariofilia virtual.
Para além de levarem imenso tempo a cultivar rabanetes e morangos virtuais, a chocarem ovos e coisas que os valha, atormentam-me com ofertas e pedidos: oferecem-me árvores de fruta diversa, cabras, galinhas, patos, ovelhas e até um urso, pedem ajuda para as colheitas ou para limpar folhas, perguntam-me se desejo adoptar uma tartaruga bebé ou um peixe tropical.
Já lá coloquei um aviso que não estou interessada, tenho membros da família e amigos que se tornaram em verdadeiros latifundiários virtuais.
A todos deixo um recado: existem nos viveiros de plantas, até nos supermercados, pacotes de semente, bolbos e outras coisas que tais, como sacos de terra, vasos e floreiras, experimentem, nada dá mais gozo que ver uma coisa crescer que foi plantada por nós.
Quanto aos aquários tive um activo durante os últimos dezoito anos, está vazio na varanda, tenho motor, filtro, termóstato e até o ofereço de boa vontade a quem se comprometer a cuidar dele, é só limpar, encher e começar a comprar peixes, ofereço ainda noções básicas sobre o assunto: os Discos e os Óscares tem de viver sós, os néon fazem um aquário bonito, os guppies reproduzem-se mais que coelhos, os espadas são giros, os rumble fish são agressivos e comem as crias.
Experimentem, os meios de comunicação virtuais são giros, mas não há nada com plantar umas batatinhas numa floreira e na primavera ter explosão de cor na varanda!
Comentários
Os peixes, so far, são só dois Miss Pearl and Mr. Origami (foram nomes dado pela mais que tudo, que fazer?) ;)
Como tens razão neste pequeno recado.
Beijinho e bom fim-de-semana
Ainda assim, devias experimentar - tem imensa piada e um factor vicio altamente elaborado - na pior das hipóteses, ficas a compreender melhor os teus amigos de carne-e-osso :)
Beijinhos e fica bem
Tito
Eu também não ligo muito aos jogos do facebook, nem tenho muita paciência para chats, ao fim de 5 minutos começo logo a abandalhar.
Sou mais adepto do contacto real, com as pessoas e com espíritos noutras dimensões.
Beijos,
Zorze
Isso de serem latifundiários, ainda que virtuais, é o desejo reprimido de o serem na realidade.
Eu tenho uma pessoa de familia, a casa de quem vou almoçar de vez em quando, que me deixa à mesa a falar com a mulher e vai trabalhar lá para a quinta virtual. Eu tive um aquário, que nunca o foi, tinha tudo o que era necessário, só nunca teve nem água nem peixes. Dei-o.
Mas tb. não me dou bem a plantar seja o que for e se o faço, é sempre fora da época.
Amigos virtuais, são aquelas pessoas aos blogues de quem vou e que coloco comentários. Mas na virtualidade, podes crer que se podem criar amizades. Por isso, sentindo à minha maneira o mundo em que vivemos, te desejo sempre,
Paz e Luz na tua casa.
Tenho visitado o seu blog e este post especialmente me impressionou e concordo bastante com aquilo que queres transmitir. De qualquer forma, o que mais aprecio é a habilidade que tu tens com as palavras...
Um visitante assíduo!
Para ti, um camião de "ursinhos" lançados daqui do meio do atlântico! :))
Valdevino Bronze
Beijo
:P
Viva tu Mugabe!
Abraço daqui do meio da Floresta! O Chewbacca manda cmpts!
Um beijo.
Temperos é optimo, uma hortelã ou coentros fresquinhos, não há nada melhor.
Tito
Mais depressa me estou a ver a plantar outra vez os meus vasos todos.
O urso, não sei para o que serve mas ofereceram-me.
Zorze
Eu sei que ao fim de 5 minutos começas a abandalhar, eu sei.
Akhen
Esses artistas estão a precisar é de uma reforma agrária.
Quanto a plantares, olha pelo menos planta amizades ainda que virtuais, têm um fruto saboroso.
Valdevino Bronze
Ès muito bem vindo, mas em vez de ursos e atendendo á tua localização era melhor lagostas, não achas?
Mugabe
Vou lá andando.
Carlos
Por isso escreves as Crónicas do Rochedo....
Fernando Samuel
Nada mesmo.
beijos