Faz hoje vinte anos que foi derrubado o muro de Berlim, parte da humanidade, da comunicação social, regista esse momento como o fim de uma tirania e das barreiras divisórias dos povos, no entanto outros muros persistem, talvez menos famosos ou aos quais são dados menos importância, uns reais de betão, arame farpado, cercas eléctricas e vigilância outras de outras formas.
De referir por exemplo a faixa de Gaza, a situação Israel/Palestina, com o seu muro e a estreita passagem de Erez, passagem pedonal de cargas e descargas, frequentemente encerrada pelas autoridades Israelitas a seu belo prazer, serve para passarem apoios médicos, medicamentos, trabalhadores palestinianos que trabalhem em Israel, apenas cinco mil pessoas estão autorizadas a lá passar, isto para um território com cerca de trezentos e sessenta quilómetros quadrados e 1,4 milhões de habitantes, ou seja um dos territórios mais densamente povoados do planeta.
Bem perto, na cidade de Jerusalém, cidade Santa para três das maiores religiões do mundo, ergue-se o Muro das Lamentações, supostamente o que resta do Templo de Salomão, onde muitos fazem as suas orações, as suas preces e os seus pedidos. Muitos mas não todos, dado que o acesso ao local é restrito e aposto que alguns dos habitantes da faixa de Gaza, por exemplo, gostariam de lá ir.
Mas existem mais muros: o da Coreia, que separa um país ao meio, o Muro Fronteiriço EUA-Mexico, com três barreiras de contenção, detectores de movimento atravessando os Estados do Novo México, Arizona e Texas, equipado vinte e quatro horas por dia com helicópteros e veículos militares armados, o de Marrocos-Saara Ocidental, o Ceuta (este custou 30 milhões de Euros patrocinados pela União Europeia e foi construído pelo Democrático Reino de Espanha) e o de Mellila.
De referir por exemplo a faixa de Gaza, a situação Israel/Palestina, com o seu muro e a estreita passagem de Erez, passagem pedonal de cargas e descargas, frequentemente encerrada pelas autoridades Israelitas a seu belo prazer, serve para passarem apoios médicos, medicamentos, trabalhadores palestinianos que trabalhem em Israel, apenas cinco mil pessoas estão autorizadas a lá passar, isto para um território com cerca de trezentos e sessenta quilómetros quadrados e 1,4 milhões de habitantes, ou seja um dos territórios mais densamente povoados do planeta.
Bem perto, na cidade de Jerusalém, cidade Santa para três das maiores religiões do mundo, ergue-se o Muro das Lamentações, supostamente o que resta do Templo de Salomão, onde muitos fazem as suas orações, as suas preces e os seus pedidos. Muitos mas não todos, dado que o acesso ao local é restrito e aposto que alguns dos habitantes da faixa de Gaza, por exemplo, gostariam de lá ir.
Mas existem mais muros: o da Coreia, que separa um país ao meio, o Muro Fronteiriço EUA-Mexico, com três barreiras de contenção, detectores de movimento atravessando os Estados do Novo México, Arizona e Texas, equipado vinte e quatro horas por dia com helicópteros e veículos militares armados, o de Marrocos-Saara Ocidental, o Ceuta (este custou 30 milhões de Euros patrocinados pela União Europeia e foi construído pelo Democrático Reino de Espanha) e o de Mellila.
Acabando os muros físicos que persistem neste planeta, pode referir-se o absurdo do muro, recentemente construído na Cidade de Ostrovany na Eslóvaquia, que se destina apenas e só a separar a comunidade cigana do resto da cidade…
Terminando de cabeça os muros físicos que me atormentam relembro outros muros que dividem os seres humanos, a escassos quilómetros das costas da Europa, onde se destroem toneladas de alimentos em nome de um sistema económico, morrem crianças á fome, a maioria dos seis milhões de crianças que morrem de subnutrição todos os anos.
Ainda há muito muro por demolir!
Comentários
De facto, devido à globalização selvagem, cada vez mais se vão construindo muros a separar os países ricos dos países pobres. Porém, isso não impede os primeiros de serem assediados pelas populações dos segundos...
Temo muito pelo futuro da humanidade, a qual está-se a deixar levar pela mira do lucro fácil.
Compreendo a alegria dos alemães, porque uma cidade e um país divididos, são sempre situações lamentáveis. Daí às loas tecidas no ocidente vai, porém, uma grande distância)
Os muros são fruto da inconsciência e desequilíbrio da Humanidade em vários níveis. Por isso os constroem cada vez mais altos na correspondência directa da sua crescente falta de capacidade de entender as causas que provocaram a gigantesca procura de um sonho. Uma ilusão.
São os muros migratórios com infindáveis histórias trágico/heróicas. Por mais altos e electrificados que sejam, haverá sempre quem os fure, os salte, os torneie, mesmo que se perca a vida. A vontade é sempre mais forte.
Os muros politico-militares são resultado de ideias de domínio, esmagamento, de corte, de humilhação, de imposição de um conjunto de interesses sobre povos que o que almejam é terem as suas vidas.
Os muros económico/sociais, paredes meias com o total antagonismo social.
Urbanizações de super-luxo, rodeadas de muros muito altos, onde do outro lado os favelados vivem das migalhas. O total contraste social.
A Humanidade actualmente ainda não consegue destruir os muitos muros mentais e pior que isso, muitas vezes nem os consegue entender.
É de uma tristeza profunda.
Beijos,
Zorze
Um xi-coração
Lagartinha de Alhos Vedros
Beijo
Abreijos.
Mas afinal quem construiu o muro de Berlim?
Quem foram os seus ideólogos?
Tanto disparate é dito como verdade absoluta, pelos média, agora transformados definitivamente na arma estratégica dos donos e ideólogos dos cada vez mais muros que separam um continuo fosso entre os cada vez menos mais ricos e os cada vez mais, mais pobres.
A Europa caminha a passos largos na construção de um muro social de dimensão tal, que a muralha da China é uma insignificância.
Cegos pela ofuscante mentira, que dita e repetida horas, dias, semanas, meses e anos a fio, se vai transformando numa falsa verdade que tudo perverte. Ainda um dia a Terra voltará a ser o centro do Universo e este gira em torno dela. Mais uma vez Galileu será escarnecido e se não fosse já falecido há muito, seguramente que com esta gente da fogueira não se salvaria.
O Capital de Karl Marx é no presente tempo, livro de anedotas e escárnio nas faculdades de economia, sob a batuta de professores a soldo, ou quais cães fiéis a seus donos.
A regressão social é aceite de braços abertos e entre sorrisos, palmas e vivas, o povo europeu assim como o povo português abraça e elogia desta forma servil convicta os seus carrascos.
O MURO ESTÁ CADA VEZ MAIS CONSOLIDADO, JÁ FALTA POUCO, APENAS ALGUNS REDUTOS E O TRIGO FINO SERÁ DE VEZ SEPARADO DO IMENSO JOIO, TRANSFORMADO NUM INAUDÍVEL LACAIO, MUITOS QUILÓMETROS ABAIXO, CONDENADO À SUBJUGAÇÃO E À BAJULAÇÃO.
Ouss
Dos físicos, lembraste, muito bem, alguns como o da Coreia onde falta tudo num dos lados, onde se morre à fome de comida e de liberdade mas há dinheiro para experiencias atómicas e para patrulhamentos 24 horas por dia ao longo do muro, provavelmente também com helicópteros…
Talvez podesses, se tivesses espaço para todos, colocar o muro à volta do Tibete, onde se esmaga uma cultura, o muro na Birmânia, o muro no Zimbabwe onde uma só pessoa esmaga uma nação inteira, o muro que cresce todos os dias, construido por dentro, na Venezuela, onde um ditador vai levar um povo à ruina, o muro que é o isolamento e o estupido embargo, em Cuba, e tantos outros, infelizmente.
Mas talvez os maiores muros estejam dentro da cabeça de algumas pessoas, que continuam a não querer, ou a não saber, ver o que acabou quando acabou o muro em Berlim.
De todos os muros que falaste, um há que é o pior deles:
Aquele que dando acesso ao seu interior, esconde tudo o que lhe interessa esconder, para dar a ilusão de que não há nada para esconder.
Sem muros e muito perto da Venezuela, temos, um pseudo governo democrático, comandado pelos pseudo democráticos mais ao norte, porque assim controlam o "comercio" da droga.
Muros são os desta sociedade ultra conservadora pseudo neo-liberal, que deixando ver para o seu interior, vão explorando, escravizando, ultrajando, como dizendo "Quero, posso e roubo"
e nós, consideramo-nos apenas "Humilhados e ofendidos".
Paz e Luz em tua casa
Ah! Esquecia-me de um outro muro, do Vaticano, que aberto a toda a gente, não franqueia a porta onde esconde os seus segredos mais negros.
Um beijo.
Os muros são elementos de contenção e delimitação, qualquer barreira entre seres humanos é um muro, há muros muito maus.
Temos de olhar para todos da mesma forma,não?
Como um muro derrubado era mau e se festeja a sua queda e se fecha os olhos a tantos outros?
Abraços