
O meu gabinete de trabalho é sufocante!
Decidi mantê-lo na penumbra e fingir que me refresco com uma ventoinha asmática que funciona três velocidades devagar, devagarinho e ainda com mais calma.
A manhã foi ocupada com múltiplas chamadas daquelas em que me colocam problemas para os quais a minha paciência já se esgotou na Primavera, obstante tal facto as chamadas não terminaram, apareceu mais uma tarefa sui generis mesmo à ultima hora, a minha blusa nova, fresca e que faz parte das favoritas debotou e tem umas manchas amarelas provenientes do próprio bordado, a xanata descolou, o carro ficou ao sol, ao longo da manhã continuam a apresentar-me contratempos e berbicachos, tento descascar a pilha de coisas a resolver, alguém me diz para não me preocupar que estão a fazer almoço a contar comigo, não interessa, no momento em que me sento à mesa alguém liga com um problema angustiante, a gritar socorro, desisto e largo os talheres, dou palavras de conforto, recomeço a comer, logo o toque irritante se impõe, é um numero cá de casa tenho de atender, pois sim, tem calma, paro ergo no garfo outra vez, o comer está mesmo frio, mas não interessa e não interessa mesmo porque logo ligam outra vez, uma crise familiar é preciso acalmar várias hostes, contemporizar, acalmar, remediar parvoíces que foram ditas sem pensar, enxugar lágrimas, lá vou com volante a escaldar, a xanata descolada, faço isso tudo, as coisas acalmam-se voltou tudo ao normal, trago uns chinelos emprestados, recebo mais telefonemas de coisas inesperadas para resolver, as crises alheias acabaram por me desnortear o dia de amanhã, descongelo qualquer coisa para o jantar, dispo-me, dói-me a cabeça da nuca até à testa.
Já só falta três dias….
Decidi mantê-lo na penumbra e fingir que me refresco com uma ventoinha asmática que funciona três velocidades devagar, devagarinho e ainda com mais calma.
A manhã foi ocupada com múltiplas chamadas daquelas em que me colocam problemas para os quais a minha paciência já se esgotou na Primavera, obstante tal facto as chamadas não terminaram, apareceu mais uma tarefa sui generis mesmo à ultima hora, a minha blusa nova, fresca e que faz parte das favoritas debotou e tem umas manchas amarelas provenientes do próprio bordado, a xanata descolou, o carro ficou ao sol, ao longo da manhã continuam a apresentar-me contratempos e berbicachos, tento descascar a pilha de coisas a resolver, alguém me diz para não me preocupar que estão a fazer almoço a contar comigo, não interessa, no momento em que me sento à mesa alguém liga com um problema angustiante, a gritar socorro, desisto e largo os talheres, dou palavras de conforto, recomeço a comer, logo o toque irritante se impõe, é um numero cá de casa tenho de atender, pois sim, tem calma, paro ergo no garfo outra vez, o comer está mesmo frio, mas não interessa e não interessa mesmo porque logo ligam outra vez, uma crise familiar é preciso acalmar várias hostes, contemporizar, acalmar, remediar parvoíces que foram ditas sem pensar, enxugar lágrimas, lá vou com volante a escaldar, a xanata descolada, faço isso tudo, as coisas acalmam-se voltou tudo ao normal, trago uns chinelos emprestados, recebo mais telefonemas de coisas inesperadas para resolver, as crises alheias acabaram por me desnortear o dia de amanhã, descongelo qualquer coisa para o jantar, dispo-me, dói-me a cabeça da nuca até à testa.
Já só falta três dias….
Comentários
cuide da sua saúde e mande isto tudo ás ortigas
Posso dar umas sugestões...Fazer como o primo Balduino
"deitar o télélé fora e ir agarrada a ele"
Não pagar a conta do telefone, que eles cortam.
Ana,
poderia fazer mais de mil sujestões, mas que tal mudar a foto?
Com tantas coisas é tão fácil estender a mão e ajudar, não é?
Serás algum dia capaz de não o fazer?
Aguenta só mais um "danoninho", que as férias estão mesmo a bater à porta.
Beijos
Tens de aprender a rir com estas situações. Em situações tensas, é a forma como se encara as questões que se irá fazer toda a diferença.
Não vamos queimar as nossas células pelo dia-a-dia corrente.
No outro dia, e estamos neste momento com 50% do pessoal, 5 minutos antes de abrirmos o estaminé, telefona um colega a informar-nos que estava de caganeira. Lá fora uma multidão a raspar o pé no chão, como os cãezinhos.
Os poucos que estavam diziam "Como é que vai ser?". Os alarmes a dispararem sem sentido, telefonemas da central de segurança. 8H29 e ainda tudo por abrir. E eu ria, ria e ao mesmo tempo a dizer que está tudo bem.
Abre-se a porta e entra um vendaval de gente com 50 mil problemas urgentes.
Dispara uma mulher com leucemia a dizer que ia morrer, eu respondo-lhe "Mas que lenço tão bonito", desarma instantaneamente pela imprevisibilidade. No momento estão mais três pessoas a esbracejar que não é possível. Direcciono um para ali e outro para ali. Um sorriso sereno e confiante quebra uma agressividade latente e passam a jogar na minha equipa.
Outros que no bolso trazem o último dinheiro do mês, e ainda estamos a dia 12.
E o dia fluiu normalmente. Tirando um que deu uma murraça no balcão que até as canetas do balcão saltaram. Tranquilo, explica-se e dá-se a volta, no fim até agradece e pede desculpa.
A ciência está no "dar a volta".
E amanhã, mais um dia de luta. Tudo normal e tranquilo.
As energias negativas por mais fortes que sejam, têm sempre alguns pontos fracos onde podemos penetrar de forma a esvazia-la.
E sem stresses...
Beijos,
Zorze
Quanto ao título, pôe o óbvio: "Querem o quê?".
Abreijos de quem anda fugido...
Quanto ao título....E TUDO O VENTO LEVOU....que tal ????
Abraço!
Eu não acho que o trabalho mata, acho só que podia ser menos, por vezes, um bocadinho...
Akhen
O apelo do pedido de ajuda é do que mais funciona comigo.
PDuarte
è o andamento do costume, eu é que estou a ficar sem gasosa.
Carlos
Nas férias não uso relógio, telemovél só para telefonar a quem quero.
Zorze
Eu tentei rir, mas não consegui.
Salvo
è o costume eu acho que nem sei viver mais devagar
Cidadão
Está quase só falta o quase!
Beijos
ou: já só falta três dias...
Um beijo.
de vez em quando...
beijos