Cenas que me marcaram IX


Billy Elliot- porque os sonhos mudam o mundo!
O Filme é de 2000, foi muito premiado, mesmo que assim não o fosse é um filme fantástico e muitas vezes os júris não conseguem vislumbrar isso, mas conseguiram.
A acção decorre nos anos tenebrosos do Governo de Margaret Tatcher, numa cidade mineira no Reino Unido.
Os mineiros levam a cabo uma longuíssima greve, num braço de ferro atroz.
Billy tem 11 anos, a mãe morreu de cancro, o pai e o irmão são mineiros e a avó que vive lá em casa perde a lucidez.
O pai insiste em que treine boxe, mas devido à conjuntura, porque é necessário criar uma cozinha de emergência para as famílias dos mineiros, as aulas de ballet passam a coexistir com as de boxe.
Billy descobre-se e é descoberto pela professora de ballet, não é fácil lutar contra os preconceitos, fazer a família perceber, mas consegue.
Pelo caminho há muita coisa, desde perseguições da polícia de choque aos mineiros, até uma onda de solidariedade de toda uma população que vê a hipótese de um deles cumprir um sonho, passando pelo piano da mãe transformado em lenha.
Coloco outra cena, a do final, onde o pai e irmão assistem a este cisne magnífico!

Comentários

Diogo disse…
Ana, espero que não fiques zangada comigo.

Os homens e as mulheres são diferentes: fisicamente, psicologicamente, mentalmente, nos gostos, nos gestos e nos comportamentos.

As mulheres têm uma capacidade maior nas línguas e os homens na capacidade matemática tridimensional. As mulheres são capazes de dar atenção a mais coisas em simultâneo e os homens tendem a concentrar-se numa coisa de cada vez. Em suma, temos capacidades diferentes mas somos iguais na soma das valias. Somos, o feminino e o masculino, as duas faces da mesma moeda – a humanidade.

Não sou de forma nenhuma homofóbico. Acho essa atitude, a homofobia, uma anormalidade. Sei que uma em cada dez pessoa é homossexual. Não é uma escolha, é assim mesmo.

É por tudo isto que digo que determinadas performances não «soam» bem. Há muitos tipos de dança em que os homens estão como sopa no mel. Basta ir a uma discoteca, uma balalaica, qualquer folclore, uma dança índia ou tantas outras.

Mas o ballet parece-me uma dança exclusivamente feminina. Por muito virtuoso que seja o dançarino há sempre a sensação de que ali há qualquer coisa que não joga. É como ver duas mulheres a jogar boxe, por muita técnica que tenham. A estranheza ofusca a arte.

Beijo
Ana Camarra disse…
Diogo

Claro que não fico chateada!
Mas, não concordo contigo, há bailarinos "muito Homens"!
No entanto este filme é especial porque retrata uma époco do Reino Unido pelos olhos de uma criança que descobre uma vocação inesperada.
E os sonhos são possiveis de concretizar, principalmente com uma vocação assim.
Vê o filme, su pederes e quiseres, só o vês danças ballet exactamente aquele bocadinho do final.

beijos

(também gosto de discordar de ti, é salutar!)
sagher disse…
diogo, é pena nunca teres visto um grande bailarino, tenho a certeza que, caso nao exista por ai nenhum tipo de preconceito, mudarias de opinião.
Fernando Samuel disse…
Belíssimo!
Obrigado.
Um beijo.
Diogo disse…
Sagher:

Nureyev - Swan Lake - 1:26m

http://www.youtube.com/watch?v=lQ3F0BxXmKA
Sobre o filme: miuto bom de facto. Pessoalmente não é daqueles que me dizem especialmente, até porque acho um bocado frio...mas muito bom!!!
Sobre a dança e comentando o comentário do Diogo, não concordo nada contigo!!! Acho que as mulheres não têm mais tendencia para linguas e menos para a matemática. A organização dos cerebros é preciamente a mesma... Em relação à dança, a todas as danças acho que é uma caracteristica universal, é uma das poucas coisas que nos distingue dos animais ( a capacidade de dançar) e claro que é comum a homens e mulheres... sobre a dança clássica, seria impensável ballet clássico sem homens...até porque muitas das performances necessitam da força muscular masculina, e mexer ao som da musica com os musculos contraídos em extensão e andar com 50 quilos às costas (mesmo sendo leves as bailarinas) fazendo saltos e acrobacias em bicos de pés... é trabalho para homens de barba rija!!!
samuel disse…
Este filme anda aí por casa...
Muito bom!

Abreijos.
Zorze disse…
Ana,

A força de se lutar pelo o que se sente na alma, dá a capacidade enorme, por vezes até suicida, de se atingir determinado objectivo, ou sonho...

Beijos,
Zorze
Ana Camarra disse…
A todos

Pondo o Ballet de parte este filme é especial pela sua humanidade e pela realidade com que retrata um periodo da vida do reino Unido da luta dos seus trabalhadores e da miséria imposta por um governo neo liberal.
Toca ainda noutros assuntos: a homosexulidade, a igualdade de oportunidades. a perca de um embro da familia (a mãe) e a forma como cada um lida com assunto.
Juntando a tudo uma música fabulosa e o ballet é assim uma coisa maravilhosa!

Beijos