Quando

Se a morte vier baixinho
Que me leve de uma só vez
Não me mate aos pedacinhos

Não me mate em fatias
Seja rápida e célere
Não lhe peço mais nada

Não me mate a memória
Não me mate os prazeres
Não me mate a alegria

Que me leve a mim inteira
Assim como sou
De uma só vez

Comentários

Maria disse…
Este é, com certeza, um "dos dias"...
Temos de pensar é na VIDA e nas lutas que se seguem...

Beijos, Ana, e um cravo Vermelho
Paulo Lontro disse…
Vira para lá a boca Mulher !!!
Ana Camarra disse…
Maria-è um dia cinzento, gelado frio, ainda não encontrei senão barreiras e espinhos.

Paulo-Mesmo que vire a boca para lá ELA irá cá chegar!

beijos
Sunshine disse…
ANA !!!

Eu sei que há dias e dias e que alguns são bem pesados, mas este poema, apesar de belo, é pesado demais.

Vá lá, animo, melhores dias virão e o sol vai aquecer-te.

Bjs (e vira lá essa boca para outro lado mesmo)
mugabe disse…
Bom poema !

Abraço!
sagher disse…
Ana: quando a a morte vier que venha, agora enquanto vivos façamos dos nossos dias um hino.
beijão amiga
Anónimo disse…
Ana

ès uma mulher sensivél, sempre foste, embora te escondas entre um mutismo e um humor sarcástico.
sei que vives de projectos que executas e passas para outro, tens um cordão umbilical fortissimo, com o qual quase que contagias os que te rodeiam, ficamos estranhamente ligados a ti.
Portanto vais dar a volta, já deste, mais que uma vez, aquilo que não te destroi torna-te mais forte.
Tu és uma fortaleza!

Beijo amigo

kl
Diogo disse…
De acordo, nem parkinsons, nem alzheimers, nem cancros nem achaques de longa duração.

Que seja um enfarte, um acidente ou uma bala (depois de já ter espadeirado meia dúzia de banqueiros).

Beijo
Anónimo disse…
Aninha, o poema é lindo, triste mas lindo!

Mas se estás triste porque não expressá-lo?

És forte?! pois que sejas, mas não é obrigatório que o sejas todos os dias e durante 24horas.

Para ti, que gostas, Fernando Pessoa.

Durmo.Se sonho, ao despertar não sei
Que coisas eu sonhei.
Durmo.Se durmo sem sonhar,desperto
Para um espaço aberto
Que não conheço, pois que despertei
Para o que ainda não sei.
Melhor é nem sonhar nem não sonhar
E nunca despertar.

Um abracinho
Lagartinha de Alhos Vedros
Zorze disse…
Ana,

Não vale a pena desejar a sua visita, ou na forma como visita.
Ela quando vem, não escolhe os nossos momentos.
Seja rápida ou lenta, de surpresa ou anunciada.
Uns esperam por ela já sem energia, e outros com muita energia para dar, ela ceifa sem contemplações.
Tem a sua própria agenda e de nada vale dizer, ou suplicar - Gostava que fosse assim...
Alguns chamam-na, mesmo assim, ela é que decide.

Já vivemos isto milhares de vezes.
Já tivemos tantas mortes.
Nesta vida será mais uma.
Mesmo sendo uma certeza, que olhamos de soslaio, há que relativizar.

Beijos,
Zorze
salvoconduto disse…
Para quem ela chegou a bater à porta, repito de novo: aguenta aí mais um bocado.

Abreijos.
Maria disse…
Vim deixar-te um abraço apertado, depois de ter passado pelo Salvo...

E um beijo!
Ana Camarra disse…
Sun-Sim o Sol vem sempre.

Mugabe-Foi o que me saiu!

Sagher-Sim, mas por vezes…

Kl-Pois sim tá bem.

Diogo-Vou nessa!

Lagartinha-Obrigado que rica prenda.

Zorze-Eu sei que a única coisa inevitável é a morte….e os imposto.

Salvo-è um bom pedido.

Maria-Soube bem, obrigado.

Beijos grandes
Fernando Samuel disse…
Eis um desejo muito comum...

Um beijo.
Anónimo disse…
ana, que graça de poesia!!
mas sabe... o diogo matou legal o sujeito
!!!
haha
Ana Camarra disse…
Fernando Samuel-Se tivesse escolha.

Tetê-O Diogo é muito prático!

beijos