As ausências


As ausências não são vazias
Ao contrário do que se poderá pensar
São cheias de imensas coisas
Só se sente a ausência do que existiu
A ausência está cheia de restos
Restos de memórias, de cheiros
Sulcos de sal, de lágrimas e ondas
O resto do sabor do outro
O leve traço de um olhar que marcou
Ficou
Aquele calor
Aquele mesmo
Que ficou e vai ainda assim aquecendo

Comentários

Capitão Merda disse…
Leva isso com calma, senhora!

;)

Bj.
Ana Camarra disse…
Meu Capitão

Serenissima!

Beijos
Diogo disse…
O poema e o acordeão quase dão vontade de fumar um cigarro...

Beijo
salvoconduto disse…
Também eu tenho andado ausente deste teu cantinho, mas não é por vontade minha. Juro que ainda dou cabo do pc!

Abreijos.
mugabe disse…
Concordo.

Abraço!
Zorze disse…
Ana,

Inspirada e bela, como sempre!

Beijos,
Zorze
Ana Camarra disse…
Diogo- O poema belissimamente declamado por Rogério Samora, acompanhado por Rodrigo Leão é de Mário Cesariny. O Outro escrevinhaço das ausências é mesmo meu.

Salvo-Não faças isso arranja-o depressa que tenho falta das tuas visitas.

Mugabe-Pois eu também.

Zorze-Não sei se inspirada se desnorteada.

beijos
Anónimo disse…
Tens a certeza que o poema que o Samora diz não foi escrito para ti?
Adrianna Coelho disse…

"As ausências não são vazias
Ao contrário do que se poderá pensar
São cheias de imensas coisas"
se eu pensasse o contrário disso, vc teria acabado de me mostrar... adorei o poema, ana...

vc é inspirada, sim! :)