Pó e pedra



Sabes aquele peso imenso que por vezes carregamos no peito?
Sabes aqueles momentos de exaustão, que ainda assim sabemos que irão terminar, porque iremos uma vez mais buscar forças, por vezes nem sei muito bem onde, iremos com toda a certeza virar mais esta página, estas páginas.
Apesar de saber também que muitos momentos serão passados a tentar vislumbrar o impossível com a impotência de um náufrago perdido no alto mar, sem uma gaivota ou um tronco flutuante, ou como outra coisa qualquer assim abandonada, partida, um relógio sem corda, um vaso sem terra, um pássaro de asa quebrada.
Depois juntamos assim, as fraquezas, as dúvidas, as ideias que parecem estúpidas, as certezas também, disso tudo fazemos forças.
Com essa força afugentamos o medo, o peso no peito.
E basta saber que não estou só, basta saber que nalgum sitio mesmo lá no fundo ti, pensas um pouco em mim, assim como quem pensa no vento, basta saber que mesmo escondido, dentro de ti, num sitio qualquer, alivias este peso, saber que até poderemos partir estes pesos e transforma-los em pó.
E nós, grãos de areia, transformarmo-nos num rochedo.

Comentários

Anónimo disse…
A união faz a força !!!!

Abraço!
Zorze disse…
Anniette,

Do que tens medo, minha querida menina?

Beijos,
Zorze
Diogo disse…
«E nós, grãos de areia, transformarmo-nos num rochedo»

Exacto. A todos os níveis e em relação a todos os matérias. Aliás, um único grão de areia pode ser um rochedo, se não houver medo.

Beijo
Anónimo disse…
Cara Ana,

Isto mesmo, juntos em tudo e por tudo sempre é melhor, mais forte e nos dá a sensação de conforto, amparo e confiança.

Gosto muito de ler você.

Um abraço,
Sandra
Ana Camarra disse…
Mugabe-Sem dúvida!

Zorze-Todos temos medos por vezes até de nós próprios por vezes.

Diogo-Um grão de areia na engrenagem...

Sandra-è assim temos de nos amparar mutuamente.

beijos
Fernando Samuel disse…
Quando as forças são construídas desse modo, nada as vence.

Um beijo.