Junto a mim!


Hoje está tudo diferente.
Eu não me pareço comigo.
O sol não aparece.
O céu não parece o céu.

Hoje há um tom pastoso
Nas vozes
Nas paredes cinzentas
No frio cortante

Hoje pequenas agulhas
Picam
Cansam
Incomodam

Hoje tenho saudades dos dias de sol
De céu azul
De gargalhadas fáceis
De carícias lentas
Brincadeiras macias

Hoje quero gritar
Loucura
Lamento
Dor
Alegria, também

O estar perto
O estar longe
O sentir ausente
Do teu espaço
Do teu respirar
Do teu eu
Aqui junto a mim

Comentários

Anónimo disse…
Como se diz aqui perto de mim, "levas-lhe jeito".

Abreijo.
Anónimo disse…
Um beijinho Aninha!
Gostei muito de tudo o que escreveste, durante as minhas curtas férias.
Como sabes adoro transformar a quadra natalícia em quadra de "namorinho" com o meu velho namorado de sempre.
Andei pelas terras altas, para lá dos montes, passeei junto ao rio, vi nevar,comi coisas muito boas, apanhei frio na cara esqueci o Natal e estive muito feliz

Um abraço da Lagartinha de Alhos Vedros
Maria disse…
Há dias assim.
Amanhã passa, com certeza...

Beijo
Diogo disse…
Um poema que nada fica a dever à prosa. Excelente!

Beijo
duarte disse…
grita contra a chuva
chama raios de sol
abraça os teus sonhos
ama assim saudade
que no mais breve encontro
encontrarás intensidade.
um abraço amigo do vale
Zorze disse…
Anocas,

"O sol não aparece.
O céu não parece o céu."
Esteve um dia de chuva, que, também é muito importante para as couves medrarem.
Por isso é que o céu não estava azulinho. Nem sempre pode estar, minha querida.

Isto também tem dias cinzentos, menina.

A vida é mesmo assim. A Natureza não é uma obediente serva para nos agradar. Antes pelo contrário.

Beijos,
Zorzito
Anónimo disse…
Lindo o teu poema, amiga!

Não fiques triste!!!

O sol hoje não nasceu
e tu, o céu inquietaste
a saudade cresceu
e tu,... serenamente
ficaste...!

Um beijo e UM NOVO ANO cheio de sorrisos
Fernando Samuel disse…
Há dias assim...


Um beijo.