Numa conversa com um amigo surgiu o assunto da indiferença e apatia dos Portugueses.
Os Portugueses são pouco, muito pouco reivindicativos.
Costumam deixar continuar as coisas escudando-se em varias atitudes, que no fundo são a mesma, desresponsabilizar-se do seu papel como cidadãos.
Assim, ou declaram solenemente que não votam, que “à minha conta não se enchem eles!”, ou encolhem os ombros e dizem “o que se há de fazer?!” ou ainda “eu com politica não quero nada”.
São atitudes tristes, mas mais que isso são atitudes para as quais foram programados.
Durante a implantação da Republica o sonho compreendia a educação da população portuguesa refém de um atraso brutal, continuar o Plano do Conde Ferreira, que dedicou parte substancial da sua fortuna ganha no Brasil a construir mais de uma centena de Escolas de Instrução Primária por todo o país.
Mas isso não interessava ao Regime Fascista!
Interessava pelo contrário um povo maleável, desconhecedor, que não soubesse interpretar as coisas do mundo.
Assim, inteligentemente o Ensino foi substituído por um conjunto de conhecimentos empíricos e de conceitos bacocos, que ficaram bem vincados na personalidade do povo português.
Para além do conjunto de distracção dos três efes (Futebol, Fátima e Fado), exacerbados como reduto do espírito lusitano, ficaram ainda outros conceitos: Pobrezinho mas honesto, Orgulhosamente Só e acima de tudo não nos devemos meter em politicas….
Ignorando assim o facto de ser a politica que determina que só encontramos laranja de Israel no Algarve ou leite holandês nos Açores, que é a politica que determina o valor da reforma ou a quantidade de creches comparticipadas, que é politica que faz com se fechem hospitais ou que a banca pague menos impostos que um guarda florestal…
O 25 de Abril trouxe mais abertura, pela primeira vez havia acesso à música “lá de fora”, aos filmes, aos livros, à democratização do ensino, ao sonho de uma vida melhor.
No entanto depressa muita da abertura dada, foi gorada.
O PREC como espaço de esclarecimento e difusão da cultura, foi morto.
Daí para cá o ensino tem sido delapidado e esvaziado de conteúdos, os meios de informação controlados ao sabor da política dominante, por seu lado controlada por grandes interesses financeiros, doses maciças de entretenimento, absolutamente oco, são distribuídas massivamente.
Criou-se a ilusão que somos um povo avançado, cosmopolita, conhecedor.
Os descendentes dos camponeses e operários, analfabetos, do princípio do século XX, são hoje parte dos licenciados do princípio do séc. XXI, no entanto não se distanciaram muito do modelo ancestral.
Comentários
Dum modo geral não mudámos muito desde o tempo do ti António, o qual encarnou o pior que o nosso povo tem em termos de carácter.
A nossa sociedade de brandos costumes recusa-se a evoluir, por isso não acompanhamos as transformações que a Europa e o resto do mundo estão a sofrer, talvez só no pior...
Somos um povo rural que vive numa modernidade urbana. É uma combinação demasiado explosiva, que se reflecte no dia-a-dia...
Infelizmente...
Abreijos
Pois são, depois continua a formatação do disco,
Beijos
Vivemos num mundo de aparências, onde o "parecer" conta mais que o "ser".
temos que acreditar que sim.
beijos
ausenda
Reset, reset já!
A revolução é hoje!
Havia uma série da BBC que tinha como título, "Cuidado com as Aparências", incrível como essa série, ainda que inglesa, consegue retratar este povo tuga tão bem.
Cada vez vejo mais licenciados, sem qualquer cultura, sequer conhecimento, que não seja o apreendido na faculdade e muita das vezes pela rama, não está nos hábitos o aprofundar das questões, apenas o empinar para depois descarregar nas frequências, pois a vida académica de hoje, são as praxes, a capa e batina, as tunas, os namoricos, ter um descapotável, da 4L convertida ao BMW, é ver quem mais ostenta, de forma a caçar a mais “vamp” do momento, ainda que com afectações de tia da linha, gritando ter uma média que, poderia muito bem ter entrado na pública, só que nem pensar!... A privada é que está "IN", mas a realidade é que a média afinal era demasiado curta, mesmo tangencial e, os papás lá se "vendem" a qualquer custo, para as 4 ou 5, se não mais centenas de euros mensais, acrescidos da propina de 5 ou 6 mil euros, ainda os livros e restante material didáctico?!... Acrescido do custo dos transportes, sejam eles públicos ou um popó no crédito a 80 meses, bem maior que o tempo do curso, mas é preciso contar com os percalços!... Mais o custo das refeições e do tabaquinho, se não for mais qualquer coisa, só para se estar ao nível, dos que chegam de Mercedes de topo com matrículas com 2 meses apenas. Pode ser que poupem na alimentação, afinal hoje, a geração metro-sexual neles e anoréctica nelas, talvez por aí se poupe algo, mas acredito que pouco será, pois as festas usualmente são sempre bem regadas e bem... "apetrechadas".
Perguntarás se tenho pena dos papás!... Pois eu respondo-te que NÃO TENHO PENA NENHUMA!... Se pagam 1.000, deveriam pagar 10.000!
Merecem tudo o que lhes chegar, não são eles que defendem que os seus filhos não há-de ser inferiores aos demais?
Não são eles que criam e mentalizam os seus filhos, para que sejam melhores que os demais?!... Incutindo-lhe a competição desenfreada e selvagem?
Não são eles que incutem nos seus filhos a ideia errada de que pertencem a uma classe, que na realidade não corresponde?!... Vivendo acima das suas reais possibilidades, com índices negativos no crédito e “entalanços” na família mais próxima?
Não é este povo, que até agora, apenas tem demonstrado viver á larga e à francesa?!... De 4 em 4 anos premeia a ignomínia, a mentira, pactua com a corrupção, critica os que lutam por um futuro justo e digno, coisa que este povo parece, não querer, prefere viver nos sonhos das revistas pink e, fazer das novelas televisivas, uma expectante representatividade das suas próprias vidas.
Não é este povo que faz com que o "pechisbeque", aparente ser oiro?!... E, no café, ao beber a bica, levanta o mindinho e diz que o Mercedes está na revisão, apenas esconde que essa bica é o seu pequeno almoço diário, pois os euros não chegam para mais e, ao preço actual dos combustíveis e portagens, a partir do dia 15 de cada mês, as oficinas de mecânica auto, esgotam a lotação, pois toda a gente tem o carro na revisão, ou avariado e, logo para azar, acontece sempre naquela altura do mês, mas as tias e os tios, continuam a esconder a sua pelintrice, num faz-de-conta redundante, criando um vazio, pela profunda ignorância e total ausência de consciencialização, restando apenas pequenos cérebros, ocos e desprovidos de qualquer vontade, para que o real progresso se cumpra aqui neste país a que chamamos Portugal.
Lamento a extensão Ana, mas este povo de facto, mete nojo.
Abençoados os que lutam e, que me mantêm intelectualmente saudável, felizmente cada vez somos mais e, haveremos de ser tantos, que isto mudará seguramente, temos é que ir acordando este povo e, retirá-lo deste estado catatónico e auto destrutivo.
Ouss
Xôxos
Os cidadãos já possuem uma plataforma de comunicarem uns com os outros, de se informarem e de aprenderem uns com os outros sem passar pelas roldanas da propaganda.
E é esta nova comunidade, que é cada vez maior e que comunica cada vez mais, que pode começar a partir a loiça.
Um beijo amigo.
abraço
pbruno
Quantas vezes não me interrogo, sobre a razão que leva estes jovens, filhos de uma geração tão oprimida, mas lutadora a ficar neste estado de apatia, tendo como ideal o carrinho, a casa, a viagem a Punta Cana.
Bom, não são todos, antigamente também não eram todos os que lutavam, os que se interrogavam, pois, é sobre os filhos dos que lutaram e continuam a lutar que eu me interrogo, lutam também?
Ou será que tiveram demasiadas almofadinhas?
Estou convencida que a
CRISE algum ensinamento vai trazer,
não estamos, infelizmente assistindo ao fim do regime capitalista, não me parece que seja assim tão fácil a sua morte, mas que dá sinais de doença dá, pode ser prolongada, mas matará.
É urgente preparar para a luta, porque "Uma nova Aurora vai chegar"
Um abraço
Lagartinha de Alhos Vedros
Custa-me dizer isto, mas é verdade. Lutemos para que acordem da letargia em que vivem.
Kiss
Todos os regimes ditatoriais sabem que a única forma de governar a bel-prazer é mantendo o povo na ignorância. O mal do nosso país é que os democratas, que fizeram a revolução, também sabem disto e o colocam em prática.
Ausenda – Aguardemos, entretanto lutamos contra este marasmo.
CRN-Pois é o que tentamos fazer, reset.
Sensei-È o que se tenta fazer.
Diogo-Esta e todas que conseguirmos.
Miss K-Bem aparecida! Que se passa com o Atever? Vou espreitar.
Fernando Samuel-Não tenho duvidas nenhumas que tudo isto não é fruto de incompetência mas sim muito bem orquestrado.
Pbruno – Exactamente, felizmente não são todos…
Lagartinha de Alhos Vedros – Se não está a morrer está muito doente, no entanto tens razão nem todos lutaram no passado e sim a crise já atinge que se julgava inatingível, pode ser que acordem
Ludo Rex-Cá vamos lutando amigo…
Beijos
Tenho por Platão a mesma embirração que tu tens pelo Fado...
Mas nesta está muito bem.
Quanto aos "democratas, que fizeram a revolução" não são os cromos que nos governam, nem tem nada a ver.
Por fim gosto mais desta foto, já não parece um soutien!
beijos
(Dificuldades - é o que encontramos quando desviamos os olhos dos nossos objectivos.)
Acreditar é apenas o começo. Como a sementeira...
Não, acredito que se possa mudar este marasmo, aliás sabes disso.
e sim, á minha maneira, pquena tento semear outras coisas.
Um beijo
Quanto à tristeza é o holopensene (pensamento dominante) do País. Triste fado, o de Portugal.
Beijos,
Zorze
Lembre-se a amiga que o grau zero de literacia foi criado propositadamente para Portugal.
Aqui à uns tempos tive um pequena discussão no meu blog com um professor, sobre o melhor método de ensino.
Sabe o que me confrange é que ainda existem professores que preferem essas metodologias.
Um beijo grande
Deixei uns presentinhos para si lá no meu Rochedo. espero que goste
José Gil-Eu lembro-me o pior é pensar que é de certa forma mantido, isso é que me dói.
Carlos-Pois somos, gostei dos presentes sim senhor.
Beijos
é claro que concordo com metade daquilo que escreveste e discordo da outra.
mas é assim.
se calhar por isso é que gosto de vir aqui.
Ainda bem que gostas mais desta foto!
Eu sei que quem fez a revolução não tem nada a ver com quem nos governa. Aliás quanto à revolução devemos muito ao PCP. Não é o meu partido, mas faço a vénia ao Grande Homem que foi Álvaro Cunhal, e ao seu papel fundamental para a nossa democracia. E é pena o nosso povo já ter esquecido os seus ensinamentos.
Isto não é um campeonato!
Gosto mais da foto, não me lembra um soutien...
Não tenho dúvidas do que dizes, nem do papel do PCP na luta contra o regime fascista, acho qualquer pessoa inteligente de qualquer quadrante politico, percebe isso.
Quanto Alvaro Cunhal, era um homem multifacetado, muito culto e inteligente.
O Povo aprende devagarinho...
beijos
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