Banal



Agora fica aqui só junto a mim e não digas nada!
Não tentes fazer piadas, nem galanteios, nem juras, nem tão pouco digas outras coisas, fica aqui só junto a mim.
Segura-me a mão, só.
Respira comigo, pensa comigo ou então não pensemos os dois, assim só um esquecimento, apenas a consciência de estarmos aqui.
Faz-me só e apenas sentir assim, plena.
Não tentes falar de banalidades, porque as banalidades nunca me assentaram bem.
Não tentes falar de coisas extraordinárias, porque ordinariamente já sou assim.
Deixa só este momento ficar assim suspenso, confortável e inquietante.

Comentários

Anónimo disse…
Pronto eu fico aqui, só!
Anónimo disse…
Suplime o momento...
em que o silêncio
deixa ficar mudo o espírito
e só...
o calor do corpo
se sente...
e lava de quietude...
xiu......!

Lindo o teu momento Ana

beijos
ausenda
Capitão Merda disse…
A banalidade define-me!

Bom fim-de-semana
Anónimo disse…
O bem que sabe o silencio, quando ao lado se tem, quem nos saiba ler as palavras que nos vão passando pela mente :)

Bom fim de semana
Anónimo disse…
Texto pequeno; extraordinário, exaltante, profundo.

Banal ? inquietante? demente ? extrafísico ?

Zorze dá o teu pitaco abalizado.

Grande abraço, parabens Ana.
Anónimo disse…
Posso ficar e ouvir a Né Ladeiras?

Abreijo.
Ana Camarra disse…
Anónimo – Pois fica á vontade!

Ausenda – É um momento.

Capitão-Desculpa mas não te considero banal.

Korrosiva-Bom Fim de semana para ti também

Mugabe-talvez demente…

Salvoconduto-Claro que podes, esta música é uma delícia!

Beijos
Anónimo disse…
Ana,acabei de receber a "news letter do P.C.P." está especialmente dirigida a mulheres com tu!
Logo que tenhas oportunidade lê.
Diz por mim, por favôr, á Ausenda que passo por lá muito tempo, ouvindo o fado dos búzios e lendo os poemas.
Não conheço a Ausenda mas o sítio da Utopia das Palavras é também um dos meus cantos de paz.
Abraços da Lagartinha de Alhos Vedros
Ana Camarra disse…
Lagartinha

Também recebo, pois está claro!
A Ausenda quando cá vier deve de ver esta tua homenagem, afinal conheço-a tanto como te conheço a ti!

Beijos
Anónimo disse…
Ficamos em silêncio...
Kiss e Bom Fim de Semana
Ana Camarra disse…
Ludo

Um silêncio musicado....

beijos
Anónimo disse…
Ana
Desculpa fazer do teu cantinho,canal de comunicação com a Lagartinha, mas não vejo outra maneira...

Lagartinha
Não sabia das tuas visitas, pois nunca deixaste um sinal (deixa lá a tua impressão),obrigada por elas e pelas tuas bonitas palavras.

Um beijo
ausenda
anad disse…
Há momentos que é mesmo assim.
Beijinhos
Anad
Rui Silva disse…
È....isto tem dias!
Ana Camarra disse…
Ausenda-estás á vontade, usa e abusa!

Anad-Exactamente.

Conde-è assim amigo, isto tem mesmo dias....

Beijos
Zorze disse…
Anocas,

Está muito bem o teu texto. Está tudo certo e no sítio.

A mente humana é o maior labirinto que se conhece. Quem tente entrar, concerteza se vai perder. Principalmente no seu próprio.

A demência não tem nada de mal, aliás, é normal. É uma condição humana perfeitamente normal.

Se disser que todos nós temos um percentual de demência, alguém ficará chocado com isso?
Existem percentuais de loucura. Uns mais que outros.
Isto é um pouco difícil de aceitar e as pessoas escondem as suas "frituras" mentais. Por isso é que psicólogos e psiquiatras são ricos. As pessoas escondem as suas demências num divã dum qualquer consultório. Que muitas vezes não resultam em nada. São verdadeiros plancebos mentais.

Eu como estudioso da mente humana, lido com muitos dementes, todos os dias, alguns em avançado estado de loucura. A cura é uma utopia. Quem a promete está a enganar.
Pela minha parte ajudo alguns e com sucesso. Pois ainda estão vivos. Nem sempre é assim.

A ilusão que as pessoas têm de se dizer a si próprias de que são "normais" acaba por ser uma defesa, que fica reforçada quando vêm um maluco a falar sozinho ou a imitar um macaco na rua. Dizem coitado. Não entendem e não procuram saber, que impacto consciencial teve determinado indivíduo para chegar a tal ponto. E, atenção, que pode acontecer a qualquer um.

Um Homem encostado à parede e sem saída, é o mais feroz animal do Planeta.

Aprofundarei os meandros da loucura no meu estaminé, um dia destes.

O meu pitaco abalizado, para ti e para todos.

Beijos,
Zorze

Momento ZEN: Não te esqueceste de comprar o bolo de fio de ovos de um kilo e tal?
Ana Camarra disse…
Zorze

Não tenho duvidas que de são e de louco todops temos um pouco, como diz o ditado popular.
E até gosto de ter uma componente assim meio louca, acho que é saudavél.

quanto ao bolo está descansado, tudo tratado.


beijos
Anónimo disse…
Ana
Esta tua prosa tem sabor poético, gostei do inquietante.
bjos
Ana Camarra disse…
José


Obrigado...

Beijo Grande
Ana Camarra disse…
José


Obrigado...

Beijo Grande
LuisPVLopes disse…
A Insustentável Leveza do Ser
(Milan Kundera)
Ana Camarra disse…
Sensei

Aí está um livro que eu não consigo gostar....

beijo
Fernando Samuel disse…
«Suspenso, confortável e inquietante», isto é, belo!


Um beijo.