Carpe Diem



Quando fiz 40 anos o meu cara-metade ofereceu um telemóvel todo pipocas.
Eu confesso que dos telemóveis espero o mesmo que dos carros e dos computadores e dos electrodomésticos em geral-Que funcionem para o fim a que se destinam.
Se me perguntam a capacidade do meu processador ou a cilindrada do carro, faço o ar de estúpida nº 4 e pronto não sei.
È claro que uma batedeira avariada pode servir de martelo, um carro morto de capoeira, mas eu quero mesmo é que funcionem comme il faut!
No telemóvel vinha gravada por ele uma mensagem inicial que dizia “Bom Dia quarentona!”
Eu até o percebo, finalmente apanhei-o na faixa etária antes dele sair de lá, mas não gostei da mensagem.
Depois chatices várias a começar pela saúde atiraram com essas questões para o lugar devido, deixaram de ter importância.
Por muitos motivos passou a ser renovada uma certa urgência em viver.
Então a mensagem foi modificada para Carpe Diem!
Vive o dia! Grosso Modo.
E é isso que tento fazer, não deixo de trabalhar, de ser interveniente e eternamente inconformada, de fazer de mãe/psicóloga/gestora/mulher a dias/cozinheira, de trabalhar, mas passei a respirar mais fundo e a olhar para as pequeninas coisas da vida, que afinal são grandes.
Tem dias que não é nada fácil.

Mas depois é registar as coisas boas:
Os abraços e as gargalhadas dos amigos, os momentos de descontracção, o prazer de olhar o mar e entrar dentro dele, o voo de um pássaro, uma flor que cresce e explode em cor e beleza, ler sossegada, tirar um bocadinho só para mim, uma carícia, ver as árvores a crescer, uma conversa séria, o prazer de ver nuvens brancas num céu azul a flutuar devagarinho, mudando de forma, olhar para uma pedra antiga e pensar quantos é que lá passaram e o que a pedra viu.
O sonhar com o futuro, um futuro mais solarengo acima de tudo!

Comentários

Anónimo disse…
Campanha de solidariedade
Todos por Cuba


«Cuba está sempre por todos, é altura de todos estarmos por Cuba», apelam a Associação de Amizade Portugal-Cuba, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a Juventude Comunista Portuguesa, o Movimento Democrático de Mulheres e a Sociedade «A Voz do Operário», a que se juntam outras organizações.

Por iniciativa da Associação de Amizade Portugal-Cuba, a que se estão a associar muitas outras estruturas (sindicais, do movimento da paz e outros movimentos sociais e políticos), está em curso uma campanha de solidariedade com Cuba, duramente fustigada, no final de Agosto e primeiros dias de Setembro, pelos furacões Gustav e Ike.
A campanha «Cuba por Todos, Todos por Cuba» tem por objectivo fazer chegar ao povo cubano géneros alimentares de primeira necessidade (conservas, leite em pó, farinhas, massas e arroz, feijão) e recolher fundos para apoiar a reconstrução. Os subscritores do apelo que lançou a campanha contam vir a ter a participação de muitas mais organizações, entidades públicas e privadas e cidadãos. Com o documento, foram divulgados os contactos do secretariado permanente da campanha (que funciona na Casa da Paz, em Lisboa) e os endereços dos primeiros centros de recolha.
No apelo, nota-se que Cuba é sempre o primeiro país a disponibilizar e a prestar auxílio alimentar, médico e técnico, a todos os povos e países vítimas de catástrofes naturais ou de outras calamidades, sendo o primeiro a oferecer ajuda aos EUA, quando das terríveis inundações provocadas pelo Katrina. Contudo, Cuba permanece sujeita ao criminoso bloqueio económico imposto pelos EUA, que já é o mais longo da história da humanidade.
À semelhança de muitos outros países e organizações, por todo o mundo, é tempo de os portugueses furarem o criminoso bloqueio a Cuba e se mobilizarem para enviar para o país que está sempre na primeira linha da solidariedade internacional a amizade, o apoio e a ajuda que o povo de Cuba agora necessita - apelam as organizações que iniciaram a campanha.
No Porto, a comissão regional contra o bloqueio e de solidariedade com o povo de Cuba, «Portocomcuba», iria ontem divulgar, em conferência de imprensa, os moldes em que vai levar a cabo uma campanha para envio urgente de ajuda às vítimas dos tufões.

Destruição sem precedentes

No apelo à participação na campanha, recorda-se que Cuba foi afectada, no espaço de uma semana e meia, por dois furacões e uma tempestade tropical. Sendo a destruição provocada enorme e sem precedentes, salienta-se que apenas a notável eficiência dos planos de emergência cubanos, para este tipo de situações, evitou que os violentos fenómenos naturais causassem um drama humano de grandes proporções, existindo contudo sete vítimas mortais.
Num balanço oficial, publicado anteontem na edição digital internacional do Granma, considera-se os efeitos combinados do Gustav e do Ike como a acção mais devastadora na história destas fenómenos meteorológicos. Vento, chuva e inundações (também provocadas pela forte ondulação marítima) atingiram praticamente todo o País, provocando prejuízos estimados em cinco mil milhões de dólares, um valor indicado como muito preliminar.
Os danos principais foram sofridos no parque habitacional, com mais de 444 mil fogos danificados (mais de 63 mil sofreram derrocada total). Os territórios mais afectados foram Pinar del Río e a Isla da Juventud (sobretudo pelo Gustav) e Holguín, Las Tunas e Camagüey (pelo Ike). Mais de 200 mil pessoas perderam as suas habitações, enquanto centenas de milhares estão em casas danificadas.
No apelo da campanha «Todos Por Cuba» refere-se que, em algumas províncias, foram afectadas 80 por cento das habitações. Importantes infraestruturas, como estradas, rede eléctrica e armazéns de reservas estratégicas, foram severamente lesadas. Particularmente afectadas pela devastação foram as culturas agrícolas, o que já obrigou o governo cubano a recorrer a todas as reservas alimentares para atenuar os efeitos imediatos da escassez de alimentos.
Só a Revolução evita que, perante prejuízos tão vultuosos, as províncias mais afectadas estejam declaradas zonas de desastre e os seus habitantes submersos em desolação, considera-se no balanço divulgado pelo jornal do Partido Comunista de Cuba, contrapondo que, pelo contrário, o que prevalece nessas regiões e em todo o país é a confiança em que ultrapassaremos esta situação e a certeza de que, unidos sob a direcção do PCC, desenvolveremos o intensivo e efectivo, ainda que prolongado, processo de recuperação e restabelecimento.

Contactos

Secretariado permanente: Rua Rodrigo da Fonseca, 56-2.º Lisboa, telefones: 213863375 e 213863575, 962 022 207/8, 966342254, 914501963, fax: 213863221, email: todosporcuba@gmail.com
Centros de recolha em Lisboa - Armazém central: Alam. Afonso Henriques, 42 (junto à Fonte Luminosa, entrada de viaturas pela Rua do Garrido, lote 748); Assoc. Amizade Portugal-Cuba:
Rua Rodrigo da Fonseca 107, r/c esq. Telef.: 213857305; CPPC (ver contactos do secretariado permanente); A Voz do Operário, telefone 218862155; MDM: Av. Alm. Reis 90, 7.ºA, telefone: 218160980; Junta de Freguesia de São Vicente de Fora: Campo Stª Clara, 60, telefone: 218854260; JCP: Av. António Serpa, 26-2.º esq., telefone: 217930973.
Anónimo disse…
Só depois de ultrapassarmos as etapas mais difíceis aprendemos a valorizar as pequenas coisas da vida. E isso sim, é ser feliz!
Ana Camarra disse…
Anónimo - Estou solidária com Cuba, sim senhor!

Opinador - Isso é que é dificil, por vezes só mesmo quando enfrentamos uma tempestade. Mas tens razão.

beijos
Anónimo disse…
Há quem diga que o futuro a Deus pertence, uma ova! Pertence-nos a nós se tivermos sabido viver o presente.

Abreijo
Ana Camarra disse…
salvoconduto - O futuro têm de ser nosso!

Abreijo
samuel disse…
E assim é que está certo... "O sonhar com o futuro, um futuro mais solarengo acima de tudo!"

Abreijos
Anónimo disse…
Peço desculpa mas tenho tido alguns problemas no PC e só há minutos consegui aceder aos comentários mais atrasados. Por isso só agora li o comentário sobre os autarcas ao qual dei, no meu blog, o seguinte comentário.

Ana Camarra

Generalizar pode ser injusto para as minorias que ainda vão fazendo a diferença. E é claro que eu consigo ver essas diferenças, mas moro numa autarquia da cor do governo, sou natural doutra, onde também tenho casa, duma cor ainda mais enjoativa, o que é que eu posso dizer... que sou um infeliz!
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Podes crer que, do fundo do coração, desejo a estes gajos que morram com uma grande caganeira.
Mas sei que ainda há quem sue a camisola e por esses nutro um apreço do tamanho do ódio que tenho aos outros, que são uns grandes piratas.
Ana Camarra disse…
Samuel - Eu acho que sim, assim é que está certo, se não sonhar com um futuro mas solarengo, resta pouco...

beijos
Ana Camarra disse…
Opinador

Não era preciso tanto, mas percebo-te já não basta o país ainda tens esses mimos geográfico polticos.
Mas não era preciso justificares essa tua posição, eu percebo-a, mas por outro lado, quem não se sente...

Beijo
AnA disse…
ana, há quem defenda que o presente não exista, já foi e vai ser. Sé existe passado e futuro. Todos deviamos respirar fundo e apreciar o bom que a vida tem, com ou sem tempestades.~
bjitos
Zorze disse…
Ana, todos nós deviamos nos orientar por esse princípio, viver um dia de cada vez, como, se fosse o último. Sentir a vida a sério.

É por isso que muita gente quando chega ao extrafísico entra em depressão pós-dessomática. E constantam que toda uma vida lhes passou ao lado. Não são tão poucos assim, são a maior parte.

Beijos,
Zorze
Ana Camarra disse…
Ana - Se calhar tens muita razão!

Zorze - Pois isso é mais uma daquelas coisas que vais ter de esclarecer.


beijos
Fernando Samuel disse…
Às vezes, basta um gesto, uma lembrança, um quase-nada, e tudo se transforma na luminosidade do futuro pelo qual lutamos...

Um beijo grande.
Ana Camarra disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Camarra disse…
Fernando Samuel

Ando sempre de olhos arregalados á procura dessa luminosidade.

beijo