E agora?






No outro dia dei comigo a ouvir atentamente a Amy Whinehouse, quando percebi que a rapariga cantava que não queria ir para reabilitação, não, não…
Como mãe fiquei chocada, então anda-se a promover o consumo de drogas na nossa rádio e num Festival de Rock que tem como título “Por um mundo melhor”?
Depois parei para pensar:
Então e o Jimmy Hendrix?
E a Janis Joplin, e o Ray Charles, e os Beatles com o seu Lucy in the Sky Diamonds (alusão clara ao LSD), e o David Bowie, e a mítica canção Sex and Drugs and Rock and Roll, e o fantastico “Cocaine” de Eric Clapton e por fim, não por não haver mais mas simplesmente porque era exaustivo, uma das minhas favoritas Brown Sugar dos Rolling Stones, que de certeza não se refere ao açúcar amarelo…
Na música dos últimos 50 anos, exemplos não faltam, exemplos de bons músicos, bons letristas e de óptimas canções.
E o nosso Fernando Pessoa?
Fiquei a pensar comigo “Porra mulher não podes ser hipócrita”.
Pois muito destas músicas e destes músicos tem o seu cantinho especial na minha vida, mas isto não para por aqui, a nível de cinema por exemplo o mítico Táxi Driver foi escrito e realizado quando Scorcese andava sob a influência de consumo de diversas drogas.
Outro dos meus filmes de culto “Do Fundo do Coração” de Coppola é quase por si só uma “viagem”.
Todos sabemos os efeitos nefastos do consumo de drogas, a destruição que as mesmas representam. Quem tem filhos vive com este grande medo. Por outro lado sabemos que nem tudo é igual, e os outros vícios, os legais: jogo, tabaco, cafeína, álcool e até trabalho. Eu costumava experimentar enxaquecas ao fim de semana, falta de adrenalina.
No que é que ficamos?
Aceitam-se sugestões.

Comentários

Anónimo disse…
Realmente visto assim é complicado.
È o mal das verdades absolutas.
Chiça, você é uma mulher do caraças, lembra-se de coisas que nos deixam a falar sozinhos.

Um grande beijo

Quim
Anónimo disse…
Pois é lindinha, como é que se descalça a bota?
Podemos dizer que há 40 anos ñão se tinha a noção do mal que as drogas faziam?
Isso chega?
Vamos por todas no mesmo saco, sabemos que o haxe não é mesma coisa ou é?
Esta é muito dificil
Anónimo disse…
Quem sabe se o Sócrates não governava com mais inspiração se, de vez em quando, apanhasse uma "ganda moca".
Ou com uma "ganda mocada" na tola eheheh.
Beijinho.
Ana Camarra disse…
Prof:
Por mim era mais uma mocada.
Anónimo disse…
A coca é usada à manssalva no âmbito politico, o haxe, cannabis, thc, por essas escolas fora. Os colectivos de psicólogos, psiquiatras, filósofos, Antropólogos, sociólogos, politólogos, pintores, músicos, sao, grande percentagem, consumidores esporádicos de quase todos os tipos de droga, uma forma de romper a moldura e de fugir à prisao dos condicionalismos sociais ou académicos, aqueles aos quais se referia nietzche.
Uma das formas de promover a emancipaçao do ser humano passa por legalizar a utilizaçao de estupfacientes, sempre que se crie uma, ainda que a sua necessidade se reduza a médio prazo, mega-estructura de acompanhamento do individúo, que contemple a reinserçao ou o incentivo do fim último de eliminar a dependência da mentira, mas, no estado em que estao as coisas, se o perfil do cidadao "comum" continuar a ser definido com cada vez mais condicionalismos, esta passa a ser uma quimera que obrigará a proibir a inserçao de seres livres à sociedade e de forma simultânea gera a obrigaçao de assumir que alguns procurem um mundo, em quase todos os cenários, mais altruista com o seu eu.
Anónimo disse…
Mas as músicas são todas boas!
O Taxi Driver também, o outro não conheço mas do Coppola é bom com toda a certeza.
Tenho de investigar.
Ana Camarra disse…
Caro Anónimo

O "Do Fundo do Coração" é muuuuito bom.
Todo passado em Las Vegas á noite, com o saudoso Raul Julia e uma banda sonora do Tom Waits, simplesmente divinal.
Quanto ás músicas, todas as que referi são da minha eleição e estão algumas aqui.
Anónimo disse…
Ana

Olhe já estou á espera dos seus posts como de pão.
è assim como ler aquilo que não consigo escrever.
Também sou quarentona, tenho dois rebentos (um casal), não fui bem sucedida no casamento como você porque terminou ao fim de oito anos, com muita magoa e dor.
Sou da Margem norte do Tejo, mas gosto muito do deserto.

um beijo
LuisPVLopes disse…
Amy Whinehouse =>Amy Casa do Vinho, de facto o nome é um tanto ou quanto estranho no mínimo!
Nos sixties e mesmo seventies, acreditava-se que as drogas não tinham assim consequências mais nefastas, se todos os que a elas recorriam, não se excedessem, ou seja era conhecida a overdose e evitada, mas a ansiedade gerada pela coisa, dava ao consumidor, sintomas cada vez mais fortes de dependência, cujos resultados finais, muito dependiam do controlo de cada um, mas essencialmente do poder de compra de cada um também, é que a droga é um produto em que o seu tráfico tem uma base essencialmente económica, apenas se localiza no mercado paralelo pela legislação que “interdita” este género de comércio, o que aliás até ajuda economias como a Norte Americana e Europeia, mas não só, o dinheirinho gerado é muito e circula.
Assim, quem pode comprar droga do mais puro e por conseguinte mais cara, apanhando pedradas umas atrás das outras, mas com menor risco de morte pois o produto é puro, em contraste com os que não têm esse poder de compra e adquirem a mais barata (grande maioria dos toxicodependentes), com misturas de matar até um elefante e, morrem num espaço de tempo curto.
Ainda temos a sida HIV, que actualmente assola esse mundo de decadência, mas nos anos 60/70 não existia, (de acordo com as testemunhas de Jeová, é um castigo Divino no sangue), mas na realidade quem tem USD ou € em quantidade, pode em segurança ser toxicodependente, quem não têm USD ou € em quantidade suficiente, morre e espalha a pestilência ao seu redor.
É como em tudo, um caso de classe social e poder de compra, logo é um problema criado pela economia na sua vertente mais usual a capitalista.

O Sócrates não se droga, ele é que já nasceu assim!
goleador disse…
Pelos vistos nunca sofreste uma goleada.
Ana Camarra disse…
Traduz que eu hoje estou particularmente estupida.

Desculpa lá que isto hoje está muito ranhoso.
bivolta disse…
ranhoso?
Não acredito, vindo de uma camarrada como tu