O Dia do Trabalhador, a crise energética e alimentar ou como eu me enganei na profissão.














































Amanhã é dia do Trabalhador e trabalhadores são todos aqueles que não tiveram um antepassado de passado menos recomendável que lhe tivesse garantido uma avultada herança, todos aqueles que não vivem “á pala”, enfim todos aqueles que não nasceram com o dito cujo virado para a lua e como tal tem que batalhar pelo seu sustento. Neste grupo incluo todos os que já trabalharam e hoje fingem gozar a reforma (como se a comum reforma deste país pudesse dar gozo fosse lá a quem), todos os que procuram e emprego (que neste momento neste país é uma tarefa árdua e desgastante), todos os que estão a atravessar o período de formação escolar (que anda em reformas mais ou menos há trinta anos) e que em breve irão iniciar a travessia no deserto (mesmo os da margem Norte do Tejo) da procura do sustento.
Esclarecido este ponto dos trabalhadores posso começar a falar de uma noticia alarmante que me fez tomar algumas decisões, parece que para alem de tudo aumentar muito mais (mas mesmo muito) do que aquilo que o governo nos quer impingir, agora vai começar mesmo uma escalada de preços nos alimentos, mais a escassez dos alimentos propriamente ditos porque devido a uma conjuntura económica de m**** e das decisões de caca dos governos da EU e EUA, mais umas medidas proteccionistas que ninguém (Nem o Nuno Rogeiro) conseguem explicar do que é que nos protegem, os governos da Índia, Brasil, China e mais um grupo de países que nos habituaram a ver como pouco importantes decidiu que não há arroz para ninguém, nem trigo, nem milho, resumindo não há pão para malucos.





O Pior é que parece que há mais de não sei quantos anos que todo bicho careta avisava que isto podia acontecer, mas é o costume, ninguèm ligou.
E o que é que uma mãe deste século XXI com filhos adolescentes que quando lhes dá a travadinha comem mais que a marabunta começa pensar: Estou feita!
Depois de uma noite mal dormida só me ocorre remodelar uma série de coisas lá em casa:
1. O aquário e a banheira vão ser reconvertidos em tanques de aquacultura. Em vez escalaros e gupiyes, que são bichos que só dão despesa, vai tudo substituído por carapaus, robalos e douradas.
2. A porcaria das floreiras que agora estão cheias de tulipas, amores-perfeitos, lírios e ciclames e outras tretas vai ser tudo reconvertido em mini horta. Vou comprar já sementes de cenouras, nabos, alfaces e etc.
3. A cadela vai ter de deixar de ir á varanda, porque na varanda vou instalar um misto de capoeira e coelheira. Sempre são ovos frescos e carne garantida.
4. Vou propor ao condomínio a compra de algumas cabeças de gado, ovino ou caprino, para a constituição de um rebanho comunitário. È começar a estudar como é que se faz do leite manteiga e queijo.

Continuando esta saga do trabalho, quando era miúda e me perguntavam o que queria ser quando fosse grande, como todas as miúdas da época a resposta vacilava entre: médica/enfermeira, professora e bailarina. Nos rapazes havia escolhas mais exóticas como astronauta ou cowboy. Falo disto agora porquê porque finalmente descobri a minha profissão de sonho: ser apresentadora do Canal Travel.
Também não era de qualquer programa, nasda daquela treta de atravessar Africa a pé ou o mundo de mochila ás costas para miséria já basta o que basta, de preferência era as viagens de luxo (é um sacrista que leva o programa todo a gozar com a assistência), os cruzeiros do mundo (é uma rapariga que tem o ar de lunática), os melhores spa’s do mundo (ai que inveja) ou as ilhas paradisíacas (tenho uma raiva aquela loura que nem sei), também não me importava de ter a rubrica da gastronomia, das vinhas do mundo, dos melhores museus ou dos locais de interesse histórico.
Em qualquer das formas batia a chinelinha por esse mundo á borla e ainda me pagavam por cima. Era que nem ginjas!

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