Porreiro, pá!


Foi o comentário de José Sócrates para José Durão Barroso face à assinatura do novo acordo assinado ontem no Parque das Nações em Lisboa.
De Zé para Zé, congratularam-se com o feito, a essa hora mais de duzentos mil Zés e Marias chegavam a casa depois de várias horas de caminho, vieram de todo o lado: das ilhas, da Guarda, Coimbra, Alentejo, Porto, de toda a Margem Sul. Chegaram cansados, doridos e roucos, marcharam durante quatro horas, apelando ao bom senso dos Zés. Sabem que cada vez tem menos dinheiro, menos emprego, menos saúde, menos educação. Sabem que este modelo de país não é o modelo Europeu que lhes foi vendido nos últimos vinte anos, sabem que no resto da Europa mesmo com problemas vários vivem melhor. Sabem que lhes pedem sempre sacrifícios, cada vez maiores, sabem que o futuro dos seus filhos está comprometido, sabem que as reformas serão miragens, sabem que alguém mata Abril todos os dias com um pouco mais de veneno e com argumentos de democracia, liberalismo e dialogo.
Com papas e bolos se enganam os tolos Zés, mas os outros Zés e as Marias estão fartos, fartos da vossa arrogância Zés, fartos do vosso autismo Zés, fartos de vocês…
Zés, porreiro porreiro era começarem a OUVIR, porreiro mesmo muito porreiro era começarem a VER. Ainda vais a tempo Zé e tu também Zé e já agora nós também.

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