“E pur si mouve!” Galileu Galilei
As voltas da vida é sempre algo
que ouvimos e nem sempre percebemos bem, até porque só quando ficamos mais ou
menos responsáveis pelos nossos movimentos, sem rede é que damos por isso.
Nessas voltas é normal, mas só
passando pela experiência, ver a forma como os outros agem, ou a forma como nos
passam a tratar, ou ainda a forma como tentam trocar-nos as voltas.
De repente dizem-te coisas
estranhas, mandam recados enviusados, reaparecem pessoas que tacitamente tinham
desaparecido, aparecem de mansinho como se nada fosse, claro, com casualidade
de acharem que tens um fusível queimado, comes gelados com a testa ou
simplesmente és de uma ingenuidade a rasar a estupidez!
Mentalmente passam várias
hipóteses: usar o vernáculo puro e duro, o humor, o desprezo ou nem por isso…Opto
pelo nem por isso!
Usar o vernáculo é descer o nível,
o humor pode escapar-lhes, o desprezo é daquelas cenas que pode descambar para
a frontalidade de eu me assumir como um bicho bravo numa loja de cristais!
Passo em frente, faz parte das
voltas da vida!
Porque por muito que cada um se
ache o centro do mundo, até do universo, que a terra é o pedaço de chão em seu
redor perfeitamente delimitado, afinal não é assim, a Terra é redonda, como tal
a demarcação de inicio ou fim é subjectivo, somos mesmo insignificantes e
move-se sozinha!
Dá voltas em torno do Sol e em
redor de si mesma, são voltas da vida.
Das voltas da minha vida decidi
que não seriam de carrossel em que o Movimento nos impele a passar no mesmo local
várias vezes, sem de facto ir a lugar nenhum por muito que dê voltas!
Sigo o caminho escolhido, de
acordo com o meu passo, conforme as opções que tenho.
Pelo caminho, sigo o rebentar das
folhas, a floração das árvores, o voo de um pássaro, o rebentar das ondas, as
gargalhadas, os cheiros, os pequenos e grandes prazeres, mais ou menos egoístas,
dou de mim o que quero, quando, como e onde eu escolho.
O resto é isso, resto.
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