O nosso alfabeto não começa por
ela, o nosso, porque foi construído em cima de outro, o grego cuja primeira
letra é Alfa, aliás o nome alfabeto é daí que nasce, sendo que Alfa é principio
o começo e outras coisas, que já lá vamos, porque esta viagem é em redor do M, “ême”,
também há quem diga “mê”.
A letra M não faz parte dos meus
nomes próprios, faz parte dos de família, e faz parte de muitas palavras
importantes, por cá faz parte de talvez a palavra primeira que todos dizemos: “mãe”,
seja assim seja “mamã”, talvez por sermos mamíferos e mama, que não é
vernáculo, ser de onde vem o nosso primeiro alimento cá fora do ventre materno
(outra palavra com M), mas claro que há mães e mãezinhas, e até mães que nunca
tiveram os filhos no ventre ou deram de mamar, e são de direito tão mães como
outras, e há o contrário, como em quase tudo cada verso, tem o seu inverso, por
falar em versos acho que todos aprendemos aquele verso “Com três letras apenas,
se escreve a palavra Mãe, é das palavras pequenas a maior que o mundo têm”.
Pronto isto é nacional, porque
embora mãe em muitas línguas comece por a mesma letra M, tem mais letras…Mulher
começa assim e menina, também.
Adiante, M, é a palavra de MAR, e
é do mar que viemos e para lá que vou, desde que tenho memória (outra com M),
onde me sinto feliz retempero força, lavo as magoas (outra).
M, segura as vogais de amor, como
se aqueles arquinhos da letra fossem a ponte entre pessoas e coisas tal e qual
como é o amor, faz o mesmo em amizade, começa a doçura do Mel.
E há quem tenha um “ême” na palma
da mão, eu tenho. Já agora mão é outra!
È uma letra de outras coisas,
medo! Medo é uma coisa que nos prende, aplicado em excesso até nos liberta para
vencer o dito, mal, mal é outra e ainda ondem se soltou um mal, supostamente
para corrigir outro mal, mas de certeza para mascarar (outra) outras situações:
a imbecilidade de um suposto macho alfa que parece saído de uma paródia,
acompanhado por outros, mesmo que não sejam machos alfa…nada de bom daí de
resulta e nenhum mal se apaga com outro.
M liga arma, armamento, cá está o
verso e o inverso.
M é de mundo, embora eu goste
mais de Terra, Gaia, porque o mundo por vezes é só o que nosso olhar alcança, e
eu gosto de olhar mais longe (Menos e Mais outras duas).
Olhando de perto, ontem os meus
três últimos “clientes” tinham nomes começados por M, três irmãos, um rapazinho
e as suas duas irmãs, elas gémeas, ficaram orgulhosos de serem utentes
encartados, escolheram livros, e levaram muito a sério as recomendações que
fiz.
Por vezes acho que o M liga tanta
coisa que pode ser a ponte para se dar a mão!
Três êmes, como as perninhas da
letra manuscrita, quase que se vê a personalidade pelos livros que escolheram,
importante pensar que escolheram livros, as memórias do passado (sim é uma
redundância) e as do futuro, estão lá, nos livros, que embora não tenham a
letra M no nome, costumam repeti-la a ela e a todas as outras em tudo o que lá
vem: tragédias, comédias, instruções, poemas, dados, filosofias, romances, e
por aí a fora, tal e qual como esta coisa da letra que é uma ponte entre
outras, o principio de muito coisa e final também, até do fim.
foto de autor desconhecido |
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