Existiam pavões brancos para além dos normais azuis, era assim um dia meio pardacento com estas névoas pesadas de início de Outono, as pedras velhas, cinzentas cobertas de líquenes, a sensação estranha de estar num dia inventado onde o ar custa a respirar e quase que se pode segurar com a mão os farrapos de nuvens, como se fossem farrapos de algodão sujo.
Existiam pavões brancos para além dos normais azuis, que piavam num som aflito, aflitivo também, de quem não pertence ali, apesar das cabeças pequenas e dos olhos estúpidos alguma coisa naqueles animais deve ter a saudade primordial de florestas e outras paragens quentes, não daqueles farrapos de algodão sujo de nuvens baixas, nem do cheiro azedo da palha velha na gaiola, do milho, quase que aposto que no seu estado natural não comem milho partido.
Lembro-me das pedras cinzentas cobertas de líquenes, do algodão branco sujo e quase palpável, das nuvens baixas, do piar de choro dos pavões, de um ranger metálico, talvez um balouço, lá no fundo do relvado, um relvado triste com faltas de relva, um pardal morto de patas para o ar, com o corpo cheio de formigas, os meus sapatos meio molhados, a sensação de estar num dia inventado que queria desinventar, sem os gritos aflitos dos pavões.
Existiam pavões brancos para além dos normais azuis, que piavam num som aflito, aflitivo também, de quem não pertence ali, apesar das cabeças pequenas e dos olhos estúpidos alguma coisa naqueles animais deve ter a saudade primordial de florestas e outras paragens quentes, não daqueles farrapos de algodão sujo de nuvens baixas, nem do cheiro azedo da palha velha na gaiola, do milho, quase que aposto que no seu estado natural não comem milho partido.
Lembro-me das pedras cinzentas cobertas de líquenes, do algodão branco sujo e quase palpável, das nuvens baixas, do piar de choro dos pavões, de um ranger metálico, talvez um balouço, lá no fundo do relvado, um relvado triste com faltas de relva, um pardal morto de patas para o ar, com o corpo cheio de formigas, os meus sapatos meio molhados, a sensação de estar num dia inventado que queria desinventar, sem os gritos aflitos dos pavões.
Comentários
Um beijo.
Um beijo
Lagartinha de Alhos Vedros
Usam uma linguagem bem diferente da dos pavões, não gritam, apenas embalam as palavras em leitos de mentiras e traições, imorais actos e vulgo furtos transformados em actos legais, contra a mais simples moralidade e dignidade humanas.
Designam-se por PS's ou PSD's ainda CDS-PP's até por BE's, mas no fundo são apenas pavões, imagem e mais imagem para culminar numa cabeça mais pequena que a de uma galinha.
Ouss
Master Sensei San