De vez em quando a
inquietação cresce
como uma maré,
a vontade de partir,
o silêncio das coisas nunca ditas,
a saudade das sensações,
as desilusões arrastadas
pelos cantos
como cotão,
vontade de gritos e de silêncios,
restos de mim nas gavetas,
nos cabelos, em trapos, em fotos, em músicas,
listas de coisas nunca feitas,
o senhor do telejornal a debitar o costume,
fogos e cheias, desemprego, os dramas futebolísticos,
o artista de cinema,
voltar é pegar em coisas que
se deixou inacabadas
como se com isso elas se completassem,
o que não acontece.
Comentários
nos cabelos, em trapos, em fotos, em músicas
listas de coisas nunca feitas"
"voltar é pegar em coisas que
se deixou inacabadas
como se com isso elas se completassem,
o que não acontece."
Que escrita é esta? Que inquietação esta?
Sublime, identifiquei-me completamente.
Parabéns pelo teu blog.
E o tema musical com que fui recebido...
Um beijo e até amanhã.
Todos os dias temos a oportunidade de começar a "zeros", mais ou menos, pelo menos...
Beijo.
Esta escrita sou eu.
António Abreu
Cá vou com as minhas ganas!
Fernando Samuel
Esperar só é pouco.
Zorze
Mais ou menos...
Beijos