Num daqueles inquéritos muito estúpidos perguntam qual a idade em que fui mais feliz.
Sinceramente não sei, fui feliz a fazer bolos de areia numa praia, fui feliz a abrir as prendas na chaminé, fui feliz quando estava cansada e me levavam ás cavalitas, fui feliz a lambuzar-me com massa crua de bolo, fui feliz a espalhar açúcar em carreiros e ver as formigas a carregar os grãos, fui feliz a tomar banho de mangueira, fui feliz a ler um livro entrar dentro da história, fui feliz a fingir que era pirata, fui feliz a subir ás arvores a ver ninhos, fui feliz de joelhos arranhados pintados de mercúrio, a brincar na rua, fui feliz a primeira vez que me disseram que me amavam, fui feliz em fogueiras na praia com o céu estrelado a maré a acompanhar as guitarras e beijos mornos a temperar as vozes, fui feliz em tardes de amizade e cumplicidade que se prolongavam em noites de conversa, música e descobertas, a fazer amor, a mergulhar no mar, fui feliz com uma mão presa na minha e um beijo cálido na nuca, fui feliz no cinema, no teatro, em concertos sentada e esmagada pela beleza da musica, noutros aos pulos até ficar rouca, fui feliz com a sensação de uma vida a crescer dentro de mim, fui feliz com o cheiro dos meus filhos, do café da manhã, com a preguiça da tarde no meio de pinheiros, com o cheiro a alecrim, com o sorriso das crianças, com os velhos que me protegeram quando dei os primeiros passos e a quem agora ajudo a dar os últimos, sou feliz quando preparo algo com carinho, sou feliz com os abraços sinceros, com as tarefas cumpridas, com os dias de sol, com as primeiras chuvas, com a maré cheia em ondas mansas, o por e o nascer do sol, sou feliz só assim com coisas fáceis e nada me impede de fazer bolos de areia e espalhar açúcar.
Sinceramente não sei, fui feliz a fazer bolos de areia numa praia, fui feliz a abrir as prendas na chaminé, fui feliz quando estava cansada e me levavam ás cavalitas, fui feliz a lambuzar-me com massa crua de bolo, fui feliz a espalhar açúcar em carreiros e ver as formigas a carregar os grãos, fui feliz a tomar banho de mangueira, fui feliz a ler um livro entrar dentro da história, fui feliz a fingir que era pirata, fui feliz a subir ás arvores a ver ninhos, fui feliz de joelhos arranhados pintados de mercúrio, a brincar na rua, fui feliz a primeira vez que me disseram que me amavam, fui feliz em fogueiras na praia com o céu estrelado a maré a acompanhar as guitarras e beijos mornos a temperar as vozes, fui feliz em tardes de amizade e cumplicidade que se prolongavam em noites de conversa, música e descobertas, a fazer amor, a mergulhar no mar, fui feliz com uma mão presa na minha e um beijo cálido na nuca, fui feliz no cinema, no teatro, em concertos sentada e esmagada pela beleza da musica, noutros aos pulos até ficar rouca, fui feliz com a sensação de uma vida a crescer dentro de mim, fui feliz com o cheiro dos meus filhos, do café da manhã, com a preguiça da tarde no meio de pinheiros, com o cheiro a alecrim, com o sorriso das crianças, com os velhos que me protegeram quando dei os primeiros passos e a quem agora ajudo a dar os últimos, sou feliz quando preparo algo com carinho, sou feliz com os abraços sinceros, com as tarefas cumpridas, com os dias de sol, com as primeiras chuvas, com a maré cheia em ondas mansas, o por e o nascer do sol, sou feliz só assim com coisas fáceis e nada me impede de fazer bolos de areia e espalhar açúcar.
Comentários
Beijo, Ana.
Em que vida fui mais feliz?
E por mais que custe às pessoas do politicamente correcto, não é a felicidade que conta, mas em que, vida que mais sentiu evolução interior ou crescimento pessoal?
Abreijos.
beijos do vizinho :)
um beijo.
um beijo.