O primeiro livro que li de Saramago foi o imenso Memorial do Convento, foi em 84, de muita coisa que me ficou uma delas foi a incrível conclusão de Padre Bartolomeu de Gusmão de que Deus será maneta, maneta da mão direita, porque na sua esquerda ninguém se senta…um pequeno pormenor num livro tão imenso, imenso como Convento.
Fiquei atracada aos Livros do Saramago, mas ficou-me no goto o “Ano da Morte de Ricardo Reis”, o meu favorito, tenho pena da morte dele, mas ninguém é eterno, neste caso é diferente porque será eterna a sua obra.
No sentido contrário dos ponteiros do relógio fica-me a clarividência de Blimunda, a luta de todas as personagens do “Levantado do Chão”, lado prático de Baltazar, a viagem triste de Ricardo Reis numa Lisboa fascista, a imensa aventura da península Ibérica a vaguear no Atlântico, Jesus Cristo questionando os desígnios do Altíssimo, a estranha viagem do elefante, o ataque contagioso de cegueira, o sonho de voar de Bartolomeu de Gusmão, a música de Scarlatti e Caim perdido numa teia estranhas injustiças.
No sentido contrário dos ponteiros do relógio ainda fica o discurso de Saramago na atribuição do prémio Nobel, relembrando que ainda estamos num mundo de contrastes onde se enviam sondas a Marte e existem seres humanos a morrer de fome.
Saramago foi polémico, afinal era um homem de raízes humildes, sem estudos académicos e acabou por alcançar a maior distinção internacional da literatura, foi maltratado por governantes nacionais que não conseguiram despir-se de preconceitos religiosos ou políticos face à sua obra, escolheu viver no país ao lado, com uma mulher mais jovem que ao apaixonar-se pela obra, acabou por se apaixonar pelo homem, continuou sempre a manter as suas posições politicas, reafirmando-se como comunista, no sentido contrario aos ponteiros do relógio, fomos mais ricos por ter um português assim, ficou um buraco no mundo com o seu desaparecimento, não sabemos que histórias teria guardadas para contar.
Fiquei atracada aos Livros do Saramago, mas ficou-me no goto o “Ano da Morte de Ricardo Reis”, o meu favorito, tenho pena da morte dele, mas ninguém é eterno, neste caso é diferente porque será eterna a sua obra.
No sentido contrário dos ponteiros do relógio fica-me a clarividência de Blimunda, a luta de todas as personagens do “Levantado do Chão”, lado prático de Baltazar, a viagem triste de Ricardo Reis numa Lisboa fascista, a imensa aventura da península Ibérica a vaguear no Atlântico, Jesus Cristo questionando os desígnios do Altíssimo, a estranha viagem do elefante, o ataque contagioso de cegueira, o sonho de voar de Bartolomeu de Gusmão, a música de Scarlatti e Caim perdido numa teia estranhas injustiças.
No sentido contrário dos ponteiros do relógio ainda fica o discurso de Saramago na atribuição do prémio Nobel, relembrando que ainda estamos num mundo de contrastes onde se enviam sondas a Marte e existem seres humanos a morrer de fome.
Saramago foi polémico, afinal era um homem de raízes humildes, sem estudos académicos e acabou por alcançar a maior distinção internacional da literatura, foi maltratado por governantes nacionais que não conseguiram despir-se de preconceitos religiosos ou políticos face à sua obra, escolheu viver no país ao lado, com uma mulher mais jovem que ao apaixonar-se pela obra, acabou por se apaixonar pelo homem, continuou sempre a manter as suas posições politicas, reafirmando-se como comunista, no sentido contrario aos ponteiros do relógio, fomos mais ricos por ter um português assim, ficou um buraco no mundo com o seu desaparecimento, não sabemos que histórias teria guardadas para contar.
Comentários
Hoje, qaundo soube da sua morte, veio-me logo à memória a última conversa que tive com ele, em Junho do ano passado. Foi asim que decidi recordá-lo.
Um abraço da Lagartinha de Alhos Vedros
Um beijo.
Abreijo.