Existem caminhos infindáveis e
Prazos intermináveis,
Existem coisas tão desejadas que
Chegam na altura em que já não fazem falta,
Frutos tão doces que nos deixam a alma amarga,
Talvez porque nunca mais sentiremos aquele dulcíssimo extremo
Momentos mágicos, irrepetíveis que
Tentamos recriar
Até se tornarem banais
Vazios
Vazios que se enchem assim de si próprios
Não deixando espaço a nada mais
Silêncios cheios, de intenções, vontades, desejos
Palavras vazias como
Cabaças secas
Magoas tão antigas que não podemos
Viver sem aquela dor
Carícias guardadas que apodrecem como folhas outonais
Fomes e sedes antigas, tão alimentadas
Até se tornarem insaciáveis
Furiosas
Por isso e só por isso
Comentários
Um beijo.
Beijo
Gosto imenso do que tu escreves...
Continua a escrever, por favor.
Um abraço e as melhoras,
Dulce
Não te peço para escreveres, aliás, eu por regra quase nunca peço nada a ninguém, talvez, se calhar nunca.
Posso te aconselhar, é que, não te deixes aprisionar a pedidos que te solicitem. Mesmo que de boa fé e revestidos de pureza.
Haverá sempre uma coleira que te capta, às vezes, não vista, mas ela está lá, a coleira. E em múltiplas situações mental-somáticas, entramos aqui no campo das ideias e das emoções.
Escreve se te apetecer, não escrevas se não estiveres para aí virada.
Beijos,
Zorze
P.S.: A partir daqui só conseguiria exprimir-me em kimbundu, correndo sério risco de não ser entendido pela norma social vigente da época.
Beijo
Por vezes é demais!
Claúdia
Ainda bem.
Jorge
Não sei se nasci para escrever mas é uma parte importante de mim.
Dulce
Ainda bem que gostas.
Zorze
Mas eu só escrevo quando me apetece.
Diogo
È! Porquê?
Beijos