Parece que o Romeu e a Julieta no dia que se conheceram apaixonaram-se ele tinha uns 17 anitos ela 15, deram uma queca, poucos dias depois casaram, contra a vontade da família, que não podiam ver uns aos outros nem pintados, não sei se eram góticos ou emos, mas eram um bocadinho parvos, porque arranjaram um esquema rebuscadíssimo com veneno à mistura, que só mesmo em cabeças adolescentes, acabaram por se trocar as voltas e morreram.
E se não tivessem morrido?
E se não tivessem morrido?
Estou mesmo a ver a Julieta farta de passar as noites no recato do lar em vez de andar com as miúdas da idade dela, o Romeu a refilar com o jantar e com o estado da habitação em geral, as sogras a meterem o bedelho em tudo e eles a discutir à noite:
-Onde é que andaste até estas horas, Romeu? Na taberna com alguma meretriz?
-Julieta, não seja obcecada, fui só beber um hidromel com a malta!
-Foste foi dizer parvoíces à varanda da Genoveva, que eu bem vi como olhas para ela!
-Não seja parva! Pensas que todas são como tu? Ouvem duas palavras bonitas e abrem varanda?
-Estúpido! A minha mãe bem me dizia que eu podia casar melhor, o meu pai sempre te topou à légua, a ti e à tua família!
-Ó menina, vê lá como falas da minha família, se vamos por aí vamos mal….
Pois, são jovens, não pensam!
Comentários
E às vezes pensam muito! Se calhar pensam até demais...
A vida é um fluxo incontornável... Ninguém tem a resposta certa.
Por isso moralismos, pela retrete abaixo, concerteza acharão o seu lugar.
A vida é livre...
Por mais voltas que dê, e com erros também.
Não há melhor liberdade, a de poder errar!
Sem esquecer que as gordinhas têm muito para amar!
Yo que lo diga...
Beijos,
Zorze
De regresso (breve) a casa, passo para saber como vais. Antes de comentar li os posts por aí abaixo e fiquei deliciado. E com a certeza de que, apesar do infort´nio, continuas a escrever maravilhosamente.
Continuação das melhoras.Beijinhos
3 histórias muito bem contadas.
keep the good work!
beijo do temporário ex-vizinho
Por outro lado existe uma certa dose de verosimilhança com a vidinha de todos os dias. Usamos veneno que em vez de matar de repente vai matando todos os dias um bocadinho.
No fundo acabamos sempre por morrer envenenados... a diferença está na velocidade e na amargura que o tempo se encarrega se sublinhar.
Se a perna partida te dá esta inspiração... continua a partir pernas.
Um beijo.
A vida é livre?!
Mais ou menos...
Compadre Carlos
Parti a perna, não bati com a tola, portanto cá continuo com os meus escrevinhaços.
Meu menino
De amor mal contadas, foram só duas!
Eduardo
Essa das pernas partidas é muito má!
Pois agora olho para os meus filhos com paixões assolapadas e acho que esta do Romeu e Julieta foi mesmo para o Bill ganhar uns cobres, embora te vá confessar uma coisa, que ninguem nos ouve, adoro tudo o que ele escreveu!
Fernando Samuel
Pois deitei!
beijos