Raramente falo da política local neste espaço, mas de vez em quando é irresistível.
O Barreiro é um cidade, já foi Vila, já pertenceu ao Concelho de Alhos Vedros está referenciada durante a ocupação Romana da Península, existem vestígios Arqueológicos do Paleolítico, está intimamente ligado à epopeia dos descobrimentos marítimos Portugueses, tem um núcleo Medieval, um Pombalino, uma tradição náutica, uma Igreja Manuelina, outra fundada por uma irmandade esclavagista, tinha quintas e hortas, moinhos de maré e de vento, transformou-se num importante pólo com a Industria transformadora da cortiça e com os Caminhos de ferro, depois com o complexo fabril da CUF.
As coisas mudaram por muitos factores, foram mudando, mas eu gosto do Barreiro, muito, tenho orgulho na minha terra na sua história, das suas gentes.
Tenho orgulho nas tradições Associativas, nos contributos vários para a cultura Nacional, músicos, pintores, actores, fotógrafos, escritores, Barreirenses de nascimento ou de adopção.
Sou Barreirense, Camarra, filha e neta de Barreirenses, bisneta e trisneta de alguns também, mas não considero Barreirense só quem nasceu cá, acho que qualquer pessoa que encontrou aqui o seu canto, a sua vida, a forma de a ganhar, também, que com isso tudo ganhou amor ao Barreiro é Barreirense.
Passadas as eleições Autárquicas, falo nisto tudo por um simples motivo, uma coisa é querer um Barreiro melhor, todos queremos, é humano, podemos ter visões diferentes do que queremos ou outras prioridades, mas algo essencial que quando se fala no Barreiro, nas suas potencialidades e na sua história é que se conheça o Barreiro e é nesse ponto que a porca torce o rabo.
Não ponho em causa a honestidade, integridade, boa vontade, empenho de ninguém, mas como cidadã interessada, como concorrente, li programas, entrevistas, vi debates e assustei-me pela falta de conhecimento sobre o Barreiro e sobre a realidade de alguns candidatos, cabeças de lista, pessoas que se propunham a liderar um projecto Autárquico demonstraram um total desconhecimento da realidade, falo por exemplo das rãs do Sapal de Coina, que tanto quanto sei não é impossível biologicamente ou dos esforços para encontrar o Castelo, também em Coina, vagamente referenciado nas Crónicas de Fernão Lopes, documento mais literário que histórico, mas do qual não existe qualquer outro relato ou vestígio, das perdizes da Mata da Machada, da Câmara Municipal arranjar médico de família para todos os Barreirenses ou mais agentes da autoridade, entre outras, no mínimo isto é demagogia, é assumir compromissos que não se podem cumprir, que não dependem das Autarquias, noutros casos serão mesmo anedotas.
(foto aerea Guta de Carvalho)
O Barreiro é um cidade, já foi Vila, já pertenceu ao Concelho de Alhos Vedros está referenciada durante a ocupação Romana da Península, existem vestígios Arqueológicos do Paleolítico, está intimamente ligado à epopeia dos descobrimentos marítimos Portugueses, tem um núcleo Medieval, um Pombalino, uma tradição náutica, uma Igreja Manuelina, outra fundada por uma irmandade esclavagista, tinha quintas e hortas, moinhos de maré e de vento, transformou-se num importante pólo com a Industria transformadora da cortiça e com os Caminhos de ferro, depois com o complexo fabril da CUF.
As coisas mudaram por muitos factores, foram mudando, mas eu gosto do Barreiro, muito, tenho orgulho na minha terra na sua história, das suas gentes.
Tenho orgulho nas tradições Associativas, nos contributos vários para a cultura Nacional, músicos, pintores, actores, fotógrafos, escritores, Barreirenses de nascimento ou de adopção.
Sou Barreirense, Camarra, filha e neta de Barreirenses, bisneta e trisneta de alguns também, mas não considero Barreirense só quem nasceu cá, acho que qualquer pessoa que encontrou aqui o seu canto, a sua vida, a forma de a ganhar, também, que com isso tudo ganhou amor ao Barreiro é Barreirense.
Passadas as eleições Autárquicas, falo nisto tudo por um simples motivo, uma coisa é querer um Barreiro melhor, todos queremos, é humano, podemos ter visões diferentes do que queremos ou outras prioridades, mas algo essencial que quando se fala no Barreiro, nas suas potencialidades e na sua história é que se conheça o Barreiro e é nesse ponto que a porca torce o rabo.
Não ponho em causa a honestidade, integridade, boa vontade, empenho de ninguém, mas como cidadã interessada, como concorrente, li programas, entrevistas, vi debates e assustei-me pela falta de conhecimento sobre o Barreiro e sobre a realidade de alguns candidatos, cabeças de lista, pessoas que se propunham a liderar um projecto Autárquico demonstraram um total desconhecimento da realidade, falo por exemplo das rãs do Sapal de Coina, que tanto quanto sei não é impossível biologicamente ou dos esforços para encontrar o Castelo, também em Coina, vagamente referenciado nas Crónicas de Fernão Lopes, documento mais literário que histórico, mas do qual não existe qualquer outro relato ou vestígio, das perdizes da Mata da Machada, da Câmara Municipal arranjar médico de família para todos os Barreirenses ou mais agentes da autoridade, entre outras, no mínimo isto é demagogia, é assumir compromissos que não se podem cumprir, que não dependem das Autarquias, noutros casos serão mesmo anedotas.
Comentários
Abreijos.
(só não concordo que as Crónicas de Fernão Lopes sejam um «documento mais literário que histórico»)
Um beijo.
Hoje andei pelo Barreiro. Estive no Forum, novo e no velho. Andei às voltas para arrumar o carro, mas como já conheço o Barreiro há algum tempo, acho que está crescendo assim como um vestido remendado, quando poderia crescer expandindo-se harmoniosamente. Tipo flor a desabrochar.
Falas de candidatos, não interessa se a presidente ou a qualquer lugar na vereação, que não têm o minimo conhecimento da realidade do Barreiro e que fazem promessas apenas por isso mesmo, por prometer, sabendo que não podem cumprir.
Mas, Ana, começa por Valença e vai até Vila Real de Sto. António, analisando todos os projectos apresentados para as diversas autarquias e diz-me quantos são os que contemplam as necessidades da realidade da autarquia a que se candidatam e da realidade portuguesa.
Ana, nós portugueses temos medo de perder o que não temos e aceitamos tudo votando a favor de promessas de nada.
Zelamos por interesses de "terceiros" que nada têm que ver com os nossos reais interesses.
Infelizmente não é só no Barreiro que aparecem os que nada sabem de nada, por todo o país isso é um facto que não sofre contestação.
É como a vacina da gripe A H1N1, sabem que vai dar dinheiro aos milhões a alguns, mas não sabem ou fingem que não sabem que tem efeitos secundários para muitos.
Paz e Luz na tua casa
sabes que não nasci no barreiro. desembarquei aí com 9 anos. Aí cresci como pessoa e como HOMEM. Aí aprendi o valor de conceitos como, solidariedade, camaradagem, amizade e tantos outros. Aí aprendi teatro, desporto, vivi intensamente o respirar da liberdade, aprendi a respeitar e a amar esse conceito. Aí amei e desamei, começei a trabalhar pelo lado mais dificil mas simultaneamente mais interessante da vida.
Vinte anos passados sobre a minha partida, quando me pergunta de onde sou, digo:
nasci no alentejo mas sou do Barreiro. E digo-o porque na realidade é o que sinto. E ao dizer isto o que afirmo sem que me entendam é que sou um cidadão do mundo que tem como sua a cultura maravilhosa que essa cidade transmite.
É bem possível alguém tornar-se barreirense. Ainda há poucos dias o fui, embora apenas por umas horas...
Abreijo.
Conheço-o de olhos fechados, na palma das mãos. Não sei é o nome das ruas!
Mas, tanto à noite como no dia. Os atalhos, também.
Apesar de ter sido nado-extrafísico na freguesia de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa.
Hoje os beijos são repartidos,
Um muito grande para Ti, outro para a piquena Xaninha e o terceiro para a Regininha que tem ar de quem não se entretém sózinha.
Os programas politicos nada tem de bom para a população, é apenas eleitoralista.
Bjs.
O que é queres?
Eu ainda acredito…
Fernando Samuel
Eu percebo que não concordes mas é mencionado vagamente uma paragem de D. Nuno Alvares Pereira em Coina, no tal castelo, do qual não existe mais nenhum registo ou vestígio.
Akhen
Eu almocei no Fórum, por acaso.
A próxima vez diz qualquer coisa.
Sagher
Eu sei, meu amigo, o Barreiro tem essa característica “cola-se” a nós!
Samuel
Pois foste!
Eu ainda te vi ao longe, mas não consegui ir dar-te um beijo.
Zorze
Eu distribuo esses beijos, está descansado.
Casadegentedoida
Da minha lista, mais de metade são nascidos e criados cá, os outros vivem cá há muitos anos.
Na candidatura que fizemos não constam promessas eleitorais, só compromissos com a população, dos 20 compromissos assumidos pela minha lista em 2005, dezassete foram cumpridos, foram ainda feitos ainda outros que não foram assumidos mas foi constatada a necessidade houve possibilidades de concretizar e concretizou-se.
Essa forma simplista de decretar tudo igual e pela mesma medida no mínimo é alvitrante e ofensiva para quem dá a cara, couro e cabelo todos os dias como eu e outros.
Como autarca não tenho horário, sou chamada a qualquer hora, tocam-me á porta de casa, passo sábados, domingos e feriados a trabalhar. Quando digo trabalhar, não me refiro só a reuniões, a fazer orçamentos, planos de actividades, candidaturas e projectos falo de arrancar ervas, verificar arvores, tampas de esgoto, carregar pedras, cadeiras, mesas, pintar escolas, montar e desmontar festas, carregar e montar palcos, usar o meu carro e a minha gasolina ao serviço da autarquia, o meu computador, a minha internet, ouvir as pessoas, procurar soluções, e muitas coisas mais.
Quando digo ouvir as pessoas não é só andar na rua durante as campanhas, é sempre.
Existem situações como as descreve, mas enquanto a população continuar a abster-se ou a votar em quem faz isso ou a validar governos que promovem essas leis, têm exactamente a mesma culpa.
Portanto não tenho um tacho, não prometo, nem gozo á conta do erário público, a única coisa que tenho é um telemóvel, que não uso em férias, não tem contactos pessoais, portanto…nem tudo é igual.
Beijos
Calculo, calculo...
João Norte
O Barreiro entranha-se!
beijos