Havia um cheiro adocicado no ar, eram as árvores de fruto em flor.
Passávamos horas, sentados nos troncos da figueira, tínhamos um balouço lá pendurado.
O quintal era enorme!
Era uma estepe, um deserto, uma floresta africana, uma pradaria, uma ilha de piratas, o que nos dava na bolha.
Os joelhos tinham sempre uma cobertura alaranjada de mercurocromo, os dias eram longos, bastava uma bola, um monte de berlindes, uma corda ou um pau para ficarmos entretidos, num monte de areia construímos castelos, pastelaria fina e variada, muralhas e trincheiras.
Os dias eram lentos, não como agora, que os ponteiros desvairam e andam a muito mais velocidade que o normal, dou conta agora que as árvores da minha infância, gamboeiros, ginjeira, laranjeira, damasqueiro, deviam de estar em flor.
Já não estão!
Mas no fundo quando não olho, há um quintal cheio de árvores de fruto a florir, guardei o cheiro e umas cicatrizes que o mercurocromo não curou….
Passávamos horas, sentados nos troncos da figueira, tínhamos um balouço lá pendurado.
O quintal era enorme!
Era uma estepe, um deserto, uma floresta africana, uma pradaria, uma ilha de piratas, o que nos dava na bolha.
Os joelhos tinham sempre uma cobertura alaranjada de mercurocromo, os dias eram longos, bastava uma bola, um monte de berlindes, uma corda ou um pau para ficarmos entretidos, num monte de areia construímos castelos, pastelaria fina e variada, muralhas e trincheiras.
Os dias eram lentos, não como agora, que os ponteiros desvairam e andam a muito mais velocidade que o normal, dou conta agora que as árvores da minha infância, gamboeiros, ginjeira, laranjeira, damasqueiro, deviam de estar em flor.
Já não estão!
Mas no fundo quando não olho, há um quintal cheio de árvores de fruto a florir, guardei o cheiro e umas cicatrizes que o mercurocromo não curou….
Comentários
Lá no monte havia uma figueira bem alta que funcionava como o palco onde eu era a MARISOL
Pertinho havia um rio onde apanhava peixe com um cesto de vime, nos valados apanhava amoras.
Enfim fico por aqui na viagem a um monte que já nem existe!
Um abracinho
Lagartinha de Alhos Vedros
este One fine day com as tuas palavras é uma coisa fora de série...
Beijos
kl
... quase parecido...
:))
Beijos
Um beijo.
Guarda-os bem guardados, pois são, "uma das" preciosidades da vida.
Beijos,
Zorze
Abraço!
Kl-Esta versão é fabulosa!
Maria-è parecido e faz bem.
Fernando Samuel-Obrigado.
Zorze-Faço por isso.
Mugabe-Mas temos de ir sempre para o futuro.
beijos