Esta foto é interessante porque na época não se tiravam muitas assim espontaneamente, geralmente eram em pose fosse em estúdio ou no exterior.
Este nota-se que é mais espontânea.
Foi tirada no quintal da casa para onde a minha avó materna foi trabalhar em troca de pouco mais que comida e roupa usada da filha dos patrões, pouco mais velha que ela.
Nessa casa a minha avó esfregava soalhos, lavava roupa no tanque, carregava agua do poço e todas as outras coisas que constituíam os trabalhos domésticos, foi também ali que deu largas á sua criatividade culinária, com bons apetrechos e bons ingredientes.
Quando acabava aquele dia de trabalho, dirigia-se a casa, a escassos metros, onde tudo recomeçava, em casa havia uma mãe viúva, uma irmã doente e um irmão muito pequeno, o tal tio que me ensinou o gosto pelo fado.
A minha avó recomeçava, soalhos, roupas, carregar e aquecer agua para os banhos familiares, por vezes ficava de tal forma exausta que já não tinha coragem para carregar água para o ultimo banho, o seu, então aproveitava a banheira do irmão mais novo…
Tenho de dizer que nessa casa a minha avó fez uma amizade duradoura, com a filha dos donos, foram amigas fraternas até ao final da vida, ainda hoje mantemos amizade com uma parte da família.
A minha avó é a rapariguinha sorridente com os pés na água, como se nota as outras estão vestidas de outra forma e protegem-se do sol, a minha avó não, tem o sorriso de quem goza uma pausa de pés na água e face ao sol.
Este nota-se que é mais espontânea.
Foi tirada no quintal da casa para onde a minha avó materna foi trabalhar em troca de pouco mais que comida e roupa usada da filha dos patrões, pouco mais velha que ela.
Nessa casa a minha avó esfregava soalhos, lavava roupa no tanque, carregava agua do poço e todas as outras coisas que constituíam os trabalhos domésticos, foi também ali que deu largas á sua criatividade culinária, com bons apetrechos e bons ingredientes.
Quando acabava aquele dia de trabalho, dirigia-se a casa, a escassos metros, onde tudo recomeçava, em casa havia uma mãe viúva, uma irmã doente e um irmão muito pequeno, o tal tio que me ensinou o gosto pelo fado.
A minha avó recomeçava, soalhos, roupas, carregar e aquecer agua para os banhos familiares, por vezes ficava de tal forma exausta que já não tinha coragem para carregar água para o ultimo banho, o seu, então aproveitava a banheira do irmão mais novo…
Tenho de dizer que nessa casa a minha avó fez uma amizade duradoura, com a filha dos donos, foram amigas fraternas até ao final da vida, ainda hoje mantemos amizade com uma parte da família.
A minha avó é a rapariguinha sorridente com os pés na água, como se nota as outras estão vestidas de outra forma e protegem-se do sol, a minha avó não, tem o sorriso de quem goza uma pausa de pés na água e face ao sol.
Comentários
Devias ir ver o filme do meu blog. Garanto-te que ias sorrir.
Beijo
A tua avó era uma SENHORA!
Ainda me lembro bem dela!
A respeito do post anterior: o Comité Central já leu aquelas observações que lá colocas?
(Pura provocação!)
Beijos
Infelizmente muitos esquecem o passado.
excelente post este. Adorei.
Bela fotografia!
Abreijos.
xi
maria
Um beijo.
KL-Eu não respondo a provocações desse nivél.
Sopro Leve-Imprencindivél conhecer o passado para prespectivar o futuro.
Alma-Tinha um sorriso lindo e uma gargalhada poderosa.
Samuel-Provavelmente, mas foi a minha avó que me ensinou a tirar partido dos pequenos prazeres do dia a dia.
Lua de Lobos-Volta sempre, mi casa su casa.
Fernando Samuel-Exactamente, já sabes que gosto desta arqueologia do afectos.
beijos
Fica bem que eu fico com a tua playlist.
O que ando a fazer lentamente.
Já mudei a playlist, sorry...
beijos
Álbuns de Familiarre,
Óh, lá, lá...
Vislumbro silhuettes de outras dimensões.
Talvez Twilight...
Beijos,
Zorze
Estás muito francofono!
beijos