Atrás dos muros altos com garrafas partidas
bem atrás das grades de silêncio imposto
as crianças de olhos de espanto e de medo transidas
as crianças vendidas alugadas perseguidas
olham os poetas com lágrimas no rosto.
Olham os poetas as crianças das vielas
mas não pedem cançonetas mas não pedem baladas
o que elas pedem é que gritemos por elas
as crianças sem livros sem ternura sem janelas
as crianças dos versos que são como pedradas.
(Sidónio Muralha)
Comentários
É triste o facto de as crianças sofrerem sempre com os disparates dos adultos...
È triste, mas é verdade!
beijos
Kisses
abraço do vale
Não me vou alongar...
Se trouxesse a verdade, dura e crua, a maior parte das pessoas não entenderiam.
Por isso fico-me, contido.
Beijos,
Zorze
olhar desperto
vida negada
olhares fechados
e o grito...
o grito que não sai...!
Um beijo
Abreijos.
Um beijo.
Duarte-Lutemos pois, diariamente.
Zorze-Pois para mim a realidade é que tods os meninos nascem iguais, nús e a chorar, o resto somos nós.
Ausenda-Mas gritam e temos de ouvir.
Salvoconduto-Sim faço por manter a minha activa.
Conde-Reflectimos tudo nas crianças.
Fernando Samuel-Lindo, triste, brutallmente triste.
Beijos