O primeiro homem da minha vida foi sem dúvida o meu pai.
O meu pai que queria uma menina, chamada Ana, muito antes de existirem ecografias e que num gesto arrebatado entrou no Bloco de Partos e beijou-me ainda cheia de mucosas várias.
Depois os tios, vários, o tio mais constante não partilha comigo um cheirinho de ADN, no entanto sempre foi um pai substituto com quem partilho cumplicidades e afinidades.
O Tio-avô Mário, que me pagava vinte escudos por cada fado e me levava a tudo o que era sitio, o cheiro de Brut e cigarrilhas é o cheiro do Tio Mário. Depois mais tarde aprendi que ele tinha outra face menos simpática, mas ficou sempre como um rasgo de luz na minha infância.
Ainda os tios, os irmãos do meu pai com quem partilho material genético de fartura, basta olhar para nós, temos sempre um ar meio envergonhado quando nos encontramos, mas ao mesmo tempo um reconhecimento de bicho da mesma espécie.
Os dois homens da minha infância, os meus primos, não me lembro de mim sem eles….
Um da mesma idade que eu, outro com mais dois anos, memórias comuns, amigos, escolas, asneiras em comum, experiências…
Os amigos, esses conservo-os quase todos, com lugar bem distinto e muito carinho.
Aqueles de infância a fim de 20 minutos vemo-nos com os olhos da infância, deixo de lhes ver a rugas, as faltas de cabelo, o cabelo branco, a barriguita, vejo caracóis, dentes de adulto a crescer…Acho que eles me vem de cabelo curto, tisnada e com os joelhos cronicamente com mercúrio…
Depois entraram e saíram homens da minha vida, uns deixaram marcas, outros nem por isso, deixaram sombras….
O meu pai que queria uma menina, chamada Ana, muito antes de existirem ecografias e que num gesto arrebatado entrou no Bloco de Partos e beijou-me ainda cheia de mucosas várias.
Depois os tios, vários, o tio mais constante não partilha comigo um cheirinho de ADN, no entanto sempre foi um pai substituto com quem partilho cumplicidades e afinidades.
O Tio-avô Mário, que me pagava vinte escudos por cada fado e me levava a tudo o que era sitio, o cheiro de Brut e cigarrilhas é o cheiro do Tio Mário. Depois mais tarde aprendi que ele tinha outra face menos simpática, mas ficou sempre como um rasgo de luz na minha infância.
Ainda os tios, os irmãos do meu pai com quem partilho material genético de fartura, basta olhar para nós, temos sempre um ar meio envergonhado quando nos encontramos, mas ao mesmo tempo um reconhecimento de bicho da mesma espécie.
Os dois homens da minha infância, os meus primos, não me lembro de mim sem eles….
Um da mesma idade que eu, outro com mais dois anos, memórias comuns, amigos, escolas, asneiras em comum, experiências…
Os amigos, esses conservo-os quase todos, com lugar bem distinto e muito carinho.
Aqueles de infância a fim de 20 minutos vemo-nos com os olhos da infância, deixo de lhes ver a rugas, as faltas de cabelo, o cabelo branco, a barriguita, vejo caracóis, dentes de adulto a crescer…Acho que eles me vem de cabelo curto, tisnada e com os joelhos cronicamente com mercúrio…
Depois entraram e saíram homens da minha vida, uns deixaram marcas, outros nem por isso, deixaram sombras….
Comentários
Kiss
Abreijo
Só espreitei para dizer hello.
Cumpts
Zé Ferradura
Salvo Conduto - Quando quero sou muito má de aturar....
Zé Ferradura - Olá, olá!
Beijocas
Só para saberes que também tirei umas férizitas, tenho tido toneladas de saudades!
Vim cá e estive a ler tudo de seguida, rica menina....
Beijões
Paulo el niño
Beijos,
Zorze
Zorze - Vai na volta tens uma desilusão do tamonho de um comboio, sou uma pessoa vulgar.
beijocas
Abreijos
Obrigado!
Abreijo
Ouss