Sempre gostei de ler, não se foi por ter tido alguma virose em pequenina, se por falta de qualquer vitamina, mas o mais provável foi por ter nascido numa família em que havia estantes em todas as casas com livros que não eram decorativos.
Ler tornou-se um vício, uma fuga para outras realidades, uma janela aberta para vários mundos, e uma escola. Aprendi coisas fantásticas, viajei para sítios incríveis, sonhei com aventuras de piratas, vivi em épocas diferentes e conheci mundos inexistentes.
Continuo a ser uma leitora ávida e a receber a ameaça do meu marido que o melhor é começar a ler a lista telefónica da China, que não temos espaço para mais livros ou estantes e que a cultura tem um peso enorme sempre que mudamos a disposição dos moveis ou resolvemos dar uma mão de tinta nas paredes.
De tudo o que fascina nos livros, guardo com um carinho particular livros de banda desenhada, não guardei os milhares de Tios Patinhas e Mônicas, mas guardo religiosamente, três colecções: Mafalda, Asterix e Lucky Luke.
De três formas distintas e sempre a brincar aprendi coisas espantosas:
Asterix – Com toda certeza o processo mais divertido de aprender a expansão do Império Romano, a cultura que legaram ao mundo, a sua numeração. Por outro lado também se aprende as diferenças entre os povos conquistados, são todos retratados de forma específica: os Ibéricos (somos nós), os Helvécios, os Normandos, os Germânicos, os Gregos, os Saxões, os Bretões…. Basicamente uma lição sobre as múltiplas culturas presentes na União Europeia.
Aprendi que a Cleópatra tinha mau feitio, era muito culta e teve um filho de Júlio César.
Aprendi o que eram os Druidas, que já respeitavam profundamente a natureza.
Convenhamos que comparado com a estupidez dos livros da Anita que só tinham de muito bom as ilustrações, até aos dez anos tive uma grande preparação para a cadeira de História, que se veio a tornar uma das favoritas.
Mafalda – Foi o primeiro contacto com os problemas da globalização, a emancipação feminina, a distinção entre caridade e solidariedade, os problemas quase eternos da América Latina, alguns conceitos económicos explicados da forma mais simples pelo Manolinho, as dúvidas existências do Felipe e não menos importante a aversão á sopa, por mais que nos digam bem da beberragem, que partilho com a Mafalda.
Também aprendi de certo modo a defender as convicções até á exaustão, mais tarde li e leio outros livros do Quino, mais adultos, mas que com humor tocam em males universais.
Lucky Luke – Mais do que qualquer filme de John Wayne dá o retrato integral do Oeste: os Pinkertons, a emigração (quase escrava) chinesa, a febre do ouro na Califórnia, a criação do monstro caminho de ferro do Atlântico ao Pacifico, o aparecimento de novas religiões, a facilidade em que os facínoras passavam a braço da lei, o castigo do alcatrão e penas, o roubo ao México do Texas e afins, o destruir da cultura indígena. Enfim pano para mangas, isto tudo com um cavalo que joga xadrez (Jolly Jumper), o cão mais estúpido do mundo (Ran-Tan-Plan) e uma equipa de bandidos residentes (os irmãos Dalton), neste ultimo caso acho que ainda andam por cá fazendo das suas…
Ler tornou-se um vício, uma fuga para outras realidades, uma janela aberta para vários mundos, e uma escola. Aprendi coisas fantásticas, viajei para sítios incríveis, sonhei com aventuras de piratas, vivi em épocas diferentes e conheci mundos inexistentes.
Continuo a ser uma leitora ávida e a receber a ameaça do meu marido que o melhor é começar a ler a lista telefónica da China, que não temos espaço para mais livros ou estantes e que a cultura tem um peso enorme sempre que mudamos a disposição dos moveis ou resolvemos dar uma mão de tinta nas paredes.
De tudo o que fascina nos livros, guardo com um carinho particular livros de banda desenhada, não guardei os milhares de Tios Patinhas e Mônicas, mas guardo religiosamente, três colecções: Mafalda, Asterix e Lucky Luke.
De três formas distintas e sempre a brincar aprendi coisas espantosas:
Asterix – Com toda certeza o processo mais divertido de aprender a expansão do Império Romano, a cultura que legaram ao mundo, a sua numeração. Por outro lado também se aprende as diferenças entre os povos conquistados, são todos retratados de forma específica: os Ibéricos (somos nós), os Helvécios, os Normandos, os Germânicos, os Gregos, os Saxões, os Bretões…. Basicamente uma lição sobre as múltiplas culturas presentes na União Europeia.
Aprendi que a Cleópatra tinha mau feitio, era muito culta e teve um filho de Júlio César.
Aprendi o que eram os Druidas, que já respeitavam profundamente a natureza.
Convenhamos que comparado com a estupidez dos livros da Anita que só tinham de muito bom as ilustrações, até aos dez anos tive uma grande preparação para a cadeira de História, que se veio a tornar uma das favoritas.
Mafalda – Foi o primeiro contacto com os problemas da globalização, a emancipação feminina, a distinção entre caridade e solidariedade, os problemas quase eternos da América Latina, alguns conceitos económicos explicados da forma mais simples pelo Manolinho, as dúvidas existências do Felipe e não menos importante a aversão á sopa, por mais que nos digam bem da beberragem, que partilho com a Mafalda.
Também aprendi de certo modo a defender as convicções até á exaustão, mais tarde li e leio outros livros do Quino, mais adultos, mas que com humor tocam em males universais.
Lucky Luke – Mais do que qualquer filme de John Wayne dá o retrato integral do Oeste: os Pinkertons, a emigração (quase escrava) chinesa, a febre do ouro na Califórnia, a criação do monstro caminho de ferro do Atlântico ao Pacifico, o aparecimento de novas religiões, a facilidade em que os facínoras passavam a braço da lei, o castigo do alcatrão e penas, o roubo ao México do Texas e afins, o destruir da cultura indígena. Enfim pano para mangas, isto tudo com um cavalo que joga xadrez (Jolly Jumper), o cão mais estúpido do mundo (Ran-Tan-Plan) e uma equipa de bandidos residentes (os irmãos Dalton), neste ultimo caso acho que ainda andam por cá fazendo das suas…
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